Eu realmente nunca havia gastado muito tempo pensando nisso, mas durante essa semana a questão começou a me atucanar um pouco.
Desde que entrei na oitava série tenho um celular, já que meus horários e trabalhos escolares começaram a realmente interferir na minha rotina de maneira nem sempre previsível, portanto um contato constante era necessário. Foi mais ou menos por essa época, também, que comecei a ter uma vida virtual bastante intensa. O fato de eu hoje ter cinco e-mails que são com alguma frequência usados (tá, só três eu uso muito, os outros dois são reservas) advém desse tempo. Não só, também o meu uso do ICQ e, atualmente, do MSN. Início de 2004 trouxe o Orkut, que também passou a ser uma ferramenta de comunicação muito usada. Encerrando as formas de me comunicar, retorno ao celular e ao telefone de casa, que agora quando um não está disponível, o outro sempre está. Logo, eu sou uma pessoa fácil de encontrar. Não bastasse todo esse aparato comunicativo, eu também disponho de liberdades bastante agradáveis: tanto na faculdade quanto no trabalho, meu uso do celular não é restringido (contanto, claro, que eu não abuse); nos dois eu conto com acesso à internet se precisar. Em casa minha conexão é adsl, portanto passo o tempo inteiro online.
Então eu vejo o outro lado da moeda. Pessoas sem celular, sem e-mail, sem internet todos os dias (chegando a ter espaços de meses entre uma conexão e outra). Não consigo imaginar a minha vida sem todas essas possibilidades de contato, mas em seguida me bato com a inexistência de todas elas na vida de algumas criaturas. O que antes era tão natural agora parece quase exagerado, quase privilégio.
Como elas vivem? Como fazem para marcar coisas, combinar saídas, encontrar pessoas que o tempo ou o espaço não nos permitem ver com frequência (ou sequer ver)?
Deuses... Têm muito mundo pra eu estudar, ainda ^^
Nenhum comentário:
Postar um comentário