Estou me entregando à ideia de que a lucidez é uma droga. Na verdade, não cheguei a essa conclusão sozinho, estou roubando-a de um amigo. Já vão três finais de semana que estou me jogando nos prazeres de sufocar a sobriedade com boas doses de álcool, e o que eu achava que seria pura juvenilidade é, para ser sincero, muito interessante.
Juro que preferia não ter gostado de ficar fora de mim, mas a noção de que o mundo segue girando mesmo sem os pensamentos excessivos que me acompanham o tempo inteiro é simplesmente perfeita.
Amigos.
Já falei um bocado sobre este tema aqui na Raposa, mas só recentemente me dei conta que não há necessidade de categorizar minhas amizades, "amigos verdadeiros", "conhecidos", "colegas", enfim. Essas separações só servem para tentar dar um ar científico ao meu olhar sobre o mundo, o que é um tanto patético.
Amigos, simples. Os guris com os quais saí podem muito bem ser meus amigos, já que gosto deles e quero estar perto deles tanto quanto possível. Que dane-se o fato de eu não estar disposto a colocar minha mão no fogo por eles, isso é algo que deve vir com o tempo. Ou que, quem sabe, deveria ser uma virtude minha, mais do que uma característica relacional.
Difícil dizer.
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