quinta-feira, maio 13, 2010

Dia frio

Hoje acordei nostálgico. Alguma coisa na temperatura geladinha me lembrou do sul, especialmente de Gramado. Todas as minhas lembranças de lá são de dias com sol e frio, temperatura agradável e caminhadas sem destino. A metáfora com minha ida ao almoço não poderia ser mais impactante: eu tenho um destino, mas estou sozinho. Normalmente é um caminho que faria acompanhado, sem bem saber se ali seria o paradouro.

Entendam, eu não estou triste. Estou, talvez, eu pouco cansado das coisas que poderiam ser e nunca mais serão. Tenho alguma dificuldade em entender algumas razões humanas, e fico imaginando o quanto se perde nesses desalinhos.

Achei, inocentemente, que após dois meses e meio aqui em Goiânia eu já haveria superado o sentimento de saudade, que já estaria circulando sem motivos para me importar, mais. O problema é que estou aprendendo justamente isso: pessoas importam. Como posso fazer o movimento em direção a ser mais sociável e, ao mesmo tempo, permanecer na minha frieza sulista? Não sei se tenho como.


Estou vivendo no meio do caos que sempre sonhei e, como bom homem, desejo agora exatamente o oposto. Vai passar, eu sei, mas agorinha eu queria uma certeza. Só uma, umazinha simples, mas sabe-se lá onde ela se encontra hoje em dia.

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