Estive pensando, não sei bem se ontem ou se hoje, sobre a arrogância das pessoas. Ainda não testei minha teoria, mas vamos a ela mesmo assim. O modelo a partir do qual construí essas idéias sou eu mesmo, e nem poderia ser diferente, por enquanto.
Imaginei dois tipos de arrogância. Uma, predominantemente adolescente, típica dos que não conhecem seus limites e por isso acham que não os têm; e a outra, pós-jovem, marcada pela noção de que os limites existem, mas não são necessariamente um problema.
A arrogância adolescente é, obviamente, problemática, pois ela se baseia na infinitude das capacidades do indivíduo. Ninguém é, sozinho, capaz de tudo, e essa noção é necssária para que se possa construir uma coletividade. Ninguém é capaz de viver sozinho, também, não perto de outras pessoas. Trancar-se no quarto e xingar a mãe não é viver sozinho, mas sim ser um adolescente arrogante e idiota.
A arrogância pós-jovem talvez seja um conceito mal-nomeado. É o conhecimento dos limites, a noção de que não podemos tudo, o reconhecimento de onde as outras pessoas entram em nossas vidas e de que modo elas são importantes. Saber do que somos capazes.
Reconheci estes dois estágios depois de notar o período em que deixei de ser arrogante, no meio da faculdade. Foi o momento em que percebi o tamanho de um mundo maior do que o meu umbigo, e espantei-me que nunca o tivesse notado antes.
Estou agora revendo esse raciocínio e encontrando furos. Até parece que algum tipo de arrogância é necessário para existir e sobreviver. Talvez seja, mas não sei se de modo tão explícito. É, mais uma teoria a desenvolver.
Fica, então, apenas o exercício mental registrado.
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