Não lembro se já comentei por aqui, tenho escrito tão pouco que é difícil de estabelecer uma memória coerente, mas estou morando na Casa do Estudante da UFG. Simples assim, cheguei com minhas malas e assumi um quarto, ao lado de dois moços. Um será meu companheiro de "casa bonita" e é meu colega no mestrado em Cultura Visual. O outro estuda matemática e dá aulas de matemática, química e artes (eita ensino público... não reclamo da aparente qualidade dele, mas ele não tem formação nem em química nem em ensino de artes, o que se pode dizer?). Cheguei, larguei minhas malas e desde o dia 28 de fevereiro estou aqui, tomando banho, almoçando no RU, conversando com um ou outro vizinho. Todo mundo que me conhece pergunta, antes de tudo, de onde sou. É difícil ser loiro de olho azul numa terra de pessoas coloridas.
Quando saí do mictório, fui lavar as mãos e dei de cara com um vizinho escovando os dentes. Vejo-o sempre, já que usamos o mesmo banheiro, e ele sempre me cumprimenta. Desta vez foi além e perguntou se sou hóspede, de onde venho etc. Conversamos. Parece ser um guri bacana.
Aí fica a lição: qual o problema de ser sociável, de puxar papo, de conversar? Hoje enquanto estava comendo um lanche no bar que tem aqui na CEU, eu quase grunhi pro atendente enquanto ele me perguntava de onde eu era e tudo mais. O que eu ganho com essa frieza toda? O leo que já dizia que eu preciso ser mais sociável. Talvez ser aberto pro mundo envolva se interessar pelos outros, fazer perguntas, sorrir e olhar no olho, ao invés de prestar atenção, mas não demonstrar isso.
Não direi que vou tentar, pois me conheço e sei o quanto isso é difícil pra mim.
Mas vou tentar =p
Um comentário:
É foda ser albino.
Eu, quase neguinha, era tratada como uma princesa européia no Ceará. As pessoas olhavam pra mim como se eu fosse um E.T., e olha que eu não tava com o cabelo roxo ainda.
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