domingo, abril 11, 2010

Domingo

Esses últimos dias foram cheios de acontecimentos e de possíveis decisões importantes. Não creio que algo vá mudar, ao menos não em função do que ocorreu. Existe a decepção, ela não vai embora não importa quanto tempo passe, pois as expectativas são sempre mais altas do que a realidade pode conceber. Fico sempre em dúvida se considero admirável uma dona de inteligência absurda ser feliz no meio do médio ou se penso ser um desperdício terrível. Acabo sempre tendendo para o segundo lado, provavelmente para seguir acreditando que o meu descontentamento me obriga a ser como sou.

Ser diferente tem um preço.


Hoje é domingo e estou aqui no meu computador dedilhando este texto. Poderia estar num parque vendo o sol, ou observando um lago e adolescentes bebendo vinho, ou caminhando por um shopping, ou vendo um filme no cinema. Sozinho ou acompanhado, em qualquer dessas atividades, hoje eu estaria sem ninguém.
Talvez seja uma escolha, mas eu não quero mais fazê-la. Não quero o meio, quero as nuvens ainda e sempre. Lá é gelado, é solitário, é distante.

Eu não quero companhia nem tentativas.
Quero saber onde, nessa cidade, há alguém como eu.
Onde, nesse mundo, podemos nos encontrar.

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