Ando num certo processo de aprendizagem através de um tipo de relacionamento que costuma ser definido como "aberto". O princípio é simples: liberdade para interagir fisicamente com outras pessoas além do digníssimo eleito como principal. A ideia que essa relação pressupõe inclui um nível de respeito e desprendimento absurdos, pois devemos aceitar que embora tenhamos a afeição da pessoa, não somos donos de seu corpo nem, tampouco, da realização de todos os seus prazeres físicos.
A solução do relacionamento aberto veio como uma necessidade, pois eu e ele dividimos casa, moramos porta a porta, então o nível de neurose a que chegaríamos num namoro tradicional seria incontrolável. Definimos as regras do nosso funcionamento em conjunto, para garantir que não tenhamos surpresas desagradáveis e nada que fique imaginado, mas não regrado. Não ficamos com outras pessoas na presença do companheiro, por exemplo, de modo a evitar a desagradável sensação de ser preterido.
O que nenhuma categoria de relação interpessoal resolve é a necessidade de lidar com diferentes personalidades. Isso vale para amizades, vizinhanças, coleguismos, namoros, casamentos, sexos.
O que fazer quando uma das pessoas necessita seguir protocolos confirmados de conduta e a outra altera seus caminhos a cada contratempo que surge? Eu, canceriano, planejo minha vida em torno das definições feitas anteriormente. Eu sigo as regras.
Como diriam as pessoas do mundo: tenso.
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