Hoje participei de uma reunião no meu trabalho. Ela durou três horas. Como a minha equipe de trabalho direto é pequena e duas das cinco pessoas não foram, a conversa inicial foi bastante rápida. Era para durar uma hora, mas durou quinze minutos. Sentamos, esboçamos algumas ideias a respeito do que pretendemos fazer no semestre e ponto. Depois, tivemos meia hora para comer pamonha. Após esse momento lanchinho, cerca de uma hora ouvindo os diretores falando sobre a faculdade. Falando. Falando. No fim do ano passado tivemos uma reunião de despedida, como se a proposta fosse avaliar o que o semestre havia nos ensinado. Como hoje, não foi bem assim. Para finalizar a noite, uma teamwork coach (!) fez uma breve palestra. Dos 30 minutos que tinha, usou 35 e propôs uma dinâmica e um vídeo.
Pausa.
Eu odeio dinâmicas. Não sei, alguma coisa sobre sorrir e abraçar o coleguinha ou montar quebra-cabeças junto com vinte pessoas ou dançar ou encher balões – especialmente encher balões – me incomoda ferozmente. Acho bobo, inútil, perda de tempo. Quer que eu trabalhe em equipe? Beleza, me diz o que é pra fazer, ou me dá uma equipe pra liderar, ou algo do gênero. Dinâmicas cansam, acho que a fórmula está desgastada. Ainda assim, pude ver pessoas empolgadas. Talvez nem todo mundo esteja cansado, talvez eu seja apenas um chato.
Fim da pausa.
Teremos mais quatro dias de reunião pela frente na chamada "semana de planejamento". Boa parte do tempo será utilizada para que os professores montem seus planos de aula. Estou pressupondo que não terei acesso à internet facilitada ou um computador com meu acervo de materiais. Não levarei o meu notebook para o fim do mundo e não estou interessado em carregar o meu netbook para lá. Tá, tá, eu sei, não estou facilitando. Sim, sim, eu sei que quase nenhum empregador é bacana (ou louco? Ou inteligente?) o bastante para deixar seus funcionários em casa produzindo. Ninguém precisa olhar para mim enquanto eu produzo, basta me dar um prazo e avaliar a minha produção. Quer falar de interdisciplinariedade? Beleza, mas tchê, vocês estão falando sobre isso desde que eu entrei na graduação, provavelmente desde antes. É algo assim tão difícil entender? Será que nunca entendi e só acho que sei?
Para finalizar, indico aqui dois links para a Escola Freelancer: no primeiro, conselhos para uma reunião bem sucedida; no segundo, como resolver alguns dos problemas mais comuns em reuniões. Ambos textos são ótimos e eu desejaria que os cerimonialistas que me empregam lessem e pensassem a respeito. Se a proposta é um ensino de qualidade, que tal começar entre as equipes de trabalho?
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