Ontem assisti pela quarta vez ao filme
Prayers for Bobby, ou
Orações para Bobby (
escrevi uma vez já sobre ele). Ele segue sendo uma das primeiras referências que indico para alguém interessado em pensar sobre homossexualidade e religião ou sobre homofobia e tolerância. O filme conta uma história em dois momentos, com a religião cristã como eixo: primeiro vemos o drama do filho, Bobby, em lidar com o fato de que se sente atraído por homens.
Não é nada fácil para Bobby lidar com esse tesão que o acompanha desde a infância. Ele sabe, pela leitura de sua Bíblia, que irá para o inferno. Mais que tudo, ele sabe que o seu pecado o levará a se afastar da família, pois todos que ele ama odeiam gays. Ele não quer ser homossexual. O segundo momento do filme está centrado na mãe, que em certo ponto do filme afirma categoricamente que se o filho é gay, então ela não tem um filho.
Das lições que eu tiro do filme, a noção de que "fé cega é tão perigosa quanto fé nenhuma" é uma das principais.
Prayers for Bobby é maravilhoso justamente por se centrar naquilo que as pessoas acreditam ser verdade. Em ponto algum sabemos o que é, de fato. Há sempre a interpretação, sempre a dúvida, sempre a questão por trás de quem está olhando.
Em ambas as histórias, na de Bobby e na de sua mãe, temos respostas diferentes para a mesma pergunta: o que fazemos quando duas verdades conflitantes aparecem em nossa vida?
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