sábado, janeiro 26, 2013

Prayers for Bobby

Ontem assisti pela quarta vez ao filme Prayers for Bobby, ou Orações para Bobby (escrevi uma vez já sobre ele). Ele segue sendo uma das primeiras referências que indico para alguém interessado em pensar sobre homossexualidade e religião ou sobre homofobia e tolerância. O filme conta uma história em dois momentos, com a religião cristã como eixo: primeiro vemos o drama do filho, Bobby, em lidar com o fato de que se sente atraído por homens.


Não é nada fácil para Bobby lidar com esse tesão que o acompanha desde a infância. Ele sabe, pela leitura de sua Bíblia, que irá para o inferno. Mais que tudo, ele sabe que o seu pecado o levará a se afastar da família, pois todos que ele ama odeiam gays. Ele não quer ser homossexual. O segundo momento do filme está centrado na mãe, que em certo ponto do filme afirma categoricamente que se o filho é gay, então ela não tem um filho.


Das lições que eu tiro do filme, a noção de que "fé cega é tão perigosa quanto fé nenhuma" é uma das principais. Prayers for Bobby é maravilhoso justamente por se centrar naquilo que as pessoas acreditam ser verdade. Em ponto algum sabemos o que é, de fato. Há sempre a interpretação, sempre a dúvida, sempre a questão por trás de quem está olhando.

Em ambas as histórias, na de Bobby e na de sua mãe, temos respostas diferentes para a mesma pergunta: o que fazemos quando duas verdades conflitantes aparecem em nossa vida?

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