Eu quero abrir uma editora. Estou com essa ideia na cabeça há alguns dias e até bem empolgado com ela. Só que ela é apenas uma ideia, não uma proposta de negócio. Por quê?
Antes de mais nada, um plano de negócios envolve questões financeiras. Eu vou dizer "ah, eu sei mais ou menos quanto custa para fazer um livro e imprimi-lo. Consigo até estimar os custos de distribuição, mesmo sendo essa a minha área fraca no processo editorial". O problema é que isso não é o suficiente. Eu não preciso saber apenas quanto custa um processo, necessito também estipular de onde tirarei os fundos necessários para cobrir esses gastos e no mínimo calcular quanto tempo precisarei lidar com uma atividade profissional que não me dê lucro. No caso de editoras, a perspectiva não é das mais positivas.
Uma ideia é toda linda e muda o mundo. Um plano de negócios tem um público alvo bem definido. Não é ser medroso, mas consciente. Não é todo mundo que lê e da pequena quantidade de leitores que o mundo anda oferecendo aos editores, querer uma fatia grande demais do bolo pode ser gulodice. Especializar-se, por outro lado, e depois ir expandindo conforme a possibilidade, pode significar não apenas a permanência no mercado: pode significar a sobrevivência. Segundo um estudo do Sebrae em 2003, 31% das empresas fracassam no primeiro ano de operação e 60% não chegam aos cinco anos de vida.
Uma ideia, portanto, não basta. Ela é necessária para fornecer um norte, mas deve vir acompanhada de outras preocupações. Certamente outras questões diferenciam ideias e planos de negócios. Continuo conversando e pensando sobre a minha editora. Será que um empreendimento está nascendo?
3 comentários:
"Fecundando", talvez... E eu estarei por aqui, esperando pra ver. :-)
"Fecundando" cabe melhor ao momento, com certeza =D
Vai te preparando para lidar com ebook.
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