domingo, agosto 16, 2009

Ainda a tradição

Estive pensando sobre namoros. Não é de hoje, claro, desde que estou solteiro tenho analisado o funcionamento de relacionamentos abertos, dissecado a estrutura dos namoros tradicionais, enfim, explorado – mesmo que eu não tenha exatamente namorado desde o fim de novembro.

Uma das questões que permearam meu raciocínio desde então foi a (aparente) fragilidade da estrutura do namoro. Ocorre que é uma entidade fundamentada na confiança e na pertença de uma pessoa a outra. A tão falada fidelidade é, enfim, uma aceitação da posse.

Engraçado como o momento define o modo como pensamos. Enquanto namorava, traição nunca foi uma possibilidade. Desde solteiro, porém, passei a relativizar essa noção e a trabalhar com a inexistência de compromissos para justificar minha liberdade.

Curioso que, mesmo com essa "liberdade", eu me mantive fiel a certos preceitos monogâmicos. Nas ocasiões em que estive com uma pessoa por algum período de tempo, sempre foi uma questão de exclusividade.

Festa, diversão, sexo, etc. Tudo muito bom. Amigos, conversas, comemorações. Sempre maravilhoso. Creio ser inquestionável meu apreço pela amizade, minha confiança nos que amo. Considero-me dando os primeiros passos, ainda e sempre, no mundo, e sei onde posso me apoiar para isso.


Por que, então, apesar de todos meus desejos de 2009, eu me vejo querendo retornar ao mais tradicional de todos os modelos? Logo agora que tudo que procuro é a iconoclastia?

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