Ok, estou assustado agora.
Eu realmente não tenho o costume de sonhar com sexo, quanto menos com pessoas que eu tenha transado ou que deseje. Que isso tenha acontecido repetidas vezes de quinta pra hoje deve significar alguma coisa, mesmo que seja freudianamente saudade da minha mãe. Creio que consigo identificar os pontos em cada sonho que me fazem querer de volta ou para mim as coisas que já não tenho ou ainda não tive.
De quinta pra sexta a explicação é simples: cultura, distância, solidão acompanhada, saudade de uma perspectiva de futuro realmente animadora. É claro que o medo vem sempre, mas estou cada vez mais firme na convicção de que certos estereótipos só poderão ser quebrados fora de seu lugar de origem. São 23 anos de estrutura para ser despedaçada, ao passo que, no resto do mundo, a força da resistência psicológica (e do olhar social) é mais diluída.
De ontem pra hoje foram três numa tacada só. Mentira, eles foram um por vez, inclusive em ordem cronológica, para auxiliar meu pensamento, sempre tão analítico.
O primeiro nasce da minha tristeza/decepção em ver mais uma linha cortada. Difícil de explicar sem ser misterioso, concordo, mas tento mesmo assim. Eu não gosto de finais, aprecio a continuidade que a vida oferece mesmo às situações que já terminaram. Ontem me dei conta, porém, que mais um pedacinho de passado foi consumido, mais uma pequena lembrança foi deixada de lado. Ok, isso não é errado, é uma forma de desconstruir e tornar mais fácil deixar para trás. Eis que, no meio da noite, veio um revival com direito a parentes e tudo. Até consigo localizar as razões de ter sido um "sexo escondido e às pressas", mas imagino que o importante seja a saudade, mais do que as condições.
Para o segundo caso, porém, as circunstâncias são mais importantes do que a lembrança. A sensação de liberdade, aliada ao medo, produziu um turbilhão de questionamentos. Cresci muito ao passo de alguns dias, mas também demorei uma eternidade para notar o quanto meu medo é forte e significativo. O pavor de romper os estereótipos é indescritível, principalmente quando esta possibilidade foi entregue perfeita, palpável, já construída.
Por fim, o terceiro sonho, bastante representativo do que eu me digo querer, veio com um aviso daquilo que temo: o rompimento do contrato. Quando me dei conta do que havia sonhado, pensei que algo estava faltando, mas agora percebo que não. Das minhas últimas experiências significativas, este último sonhar sintetiza tanto o que falta quanto o que ainda não veio.
As regras são, o tempo inteiro, o importante neste texto. Para serem seguidas, para serem ignoradas e para serem reescritas. Aprendizado é necessário para não repetir erros e tristezas, mas coragem vem ainda melhor para enfrentar a dúvida e as cristalizações de pensamento.
Eu realmente não tenho o costume de sonhar com sexo, quanto menos com pessoas que eu tenha transado ou que deseje. Que isso tenha acontecido repetidas vezes de quinta pra hoje deve significar alguma coisa, mesmo que seja freudianamente saudade da minha mãe. Creio que consigo identificar os pontos em cada sonho que me fazem querer de volta ou para mim as coisas que já não tenho ou ainda não tive.
De quinta pra sexta a explicação é simples: cultura, distância, solidão acompanhada, saudade de uma perspectiva de futuro realmente animadora. É claro que o medo vem sempre, mas estou cada vez mais firme na convicção de que certos estereótipos só poderão ser quebrados fora de seu lugar de origem. São 23 anos de estrutura para ser despedaçada, ao passo que, no resto do mundo, a força da resistência psicológica (e do olhar social) é mais diluída.
De ontem pra hoje foram três numa tacada só. Mentira, eles foram um por vez, inclusive em ordem cronológica, para auxiliar meu pensamento, sempre tão analítico.
O primeiro nasce da minha tristeza/decepção em ver mais uma linha cortada. Difícil de explicar sem ser misterioso, concordo, mas tento mesmo assim. Eu não gosto de finais, aprecio a continuidade que a vida oferece mesmo às situações que já terminaram. Ontem me dei conta, porém, que mais um pedacinho de passado foi consumido, mais uma pequena lembrança foi deixada de lado. Ok, isso não é errado, é uma forma de desconstruir e tornar mais fácil deixar para trás. Eis que, no meio da noite, veio um revival com direito a parentes e tudo. Até consigo localizar as razões de ter sido um "sexo escondido e às pressas", mas imagino que o importante seja a saudade, mais do que as condições.
Para o segundo caso, porém, as circunstâncias são mais importantes do que a lembrança. A sensação de liberdade, aliada ao medo, produziu um turbilhão de questionamentos. Cresci muito ao passo de alguns dias, mas também demorei uma eternidade para notar o quanto meu medo é forte e significativo. O pavor de romper os estereótipos é indescritível, principalmente quando esta possibilidade foi entregue perfeita, palpável, já construída.
Por fim, o terceiro sonho, bastante representativo do que eu me digo querer, veio com um aviso daquilo que temo: o rompimento do contrato. Quando me dei conta do que havia sonhado, pensei que algo estava faltando, mas agora percebo que não. Das minhas últimas experiências significativas, este último sonhar sintetiza tanto o que falta quanto o que ainda não veio.
As regras são, o tempo inteiro, o importante neste texto. Para serem seguidas, para serem ignoradas e para serem reescritas. Aprendizado é necessário para não repetir erros e tristezas, mas coragem vem ainda melhor para enfrentar a dúvida e as cristalizações de pensamento.
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