sábado, julho 28, 2012
Pequeno projeto de dias felizes
Recentemente dois amigos decidiram tornar seus dias mais felizes e, para isso, elaboraram listas de coisas que eles gostam. A ideia é simples: pelo menos um item dessa lista deve ser feito por dia. Como ando virando um fã incondicional (como se eu fosse incondicional com alguma coisa!) de listas, resolvi fazer uma aqui para mim. Considerando meu momento da vida, o primeiro item não poderia deixar de ser cozinhar algo novo (e que fique gostoso), pois inclui minha necessidade de aprender novas artesanias. Meu plano, por enquanto, tem sido comprar um alimento, fruto, vegetal ou legume novo e tentado fazer o máximo de pratos com ele. Embora potencialmente enjoativo, tem se prestado a aventuras bem legais. Daí segue para conhecer uma banda nova, que na verdade não é tão rígida assim. Pode ser um CD de algum cantor ou banda que eu goste, mas que nunca tive no computador. Meu foco atual está nas músicas brasileiras, um buraco imenso na minha formação cultural. Como experimentei ontem, ir a uma festa legal e dançar é obrigatório para que o corpo se satisfaça e fique contente com suor e dores e algum hormônio (ou seja lá o nome correto) que me deixe feliz. Esse ponto nem inclui "pegar alguém", pois não acho que o ambiente de festa seja, atualmente, o melhor lugar para conhecer alguém beijável. É ótimo para prensar na parede e mexer o corpo ao som da música abraçado e feliz, mas para isso eu tenho amigos. Ler por prazer é um sempre difícil de retomar, pois leituras obrigatórias têm a mania de se colocar na lista de prioridades, me tirando espaço e tempo para deitar numa sombra e me dedicar a viajar em uma história que ainda não conheço. Filosofar com amigo(s) é algo que gosto muito, olhar para a vida e falar sobre ela, pensar em caminhos que ainda não foram percorridos, relembrar de viagens já feitas, experiências que geraram frutos. Esse seja talvez o meu ponto favorito na vida, nas amizades e, claro, em namorar, que como ponto na lista inclui sexo e carinho, dormir junto e andar de mãos dadas. São coisas difíceis, que exigem uma intimidade que não tenho com muitas pessoas, mas recentemente percebi que tenho muito mais me boicotado do que aceitado as possibilidades que a vida me dá. Assistir a um filme novo (e bom) é outro item que tem feito falta, já que não tenho assistido a nada. Culpa pura da minha atual falta de organização, mas acho que ontem consegui resolver (ao menos parcialmente) esse problema, uma vez que acertei na minha cabeça algumas questões que estavam me incomodando sobremaneira. Escrever/desenhar responde ao meu desejo de produzir, de ser artístico, de moldar algo que extrapole os meus pensamentos e seja compartilhado com o mundo. Sei colocar letrinhas em sequência e fazer textos bons, mas gostaria de colocar tracinhos justapostos e construir imagens. Será que conseguirei em algum tempo próximo? Eu ia falar que gosto de caminhar, mas a verdade é que prefiro caminhar sem rumo, coisa que o cotidiano frequentemente impede. Ir para lá e para cá não conta, e certamente não me emociona como circular por um bosque, observar um lago e pensar na vida das pessoas que estão passando. Ou das que não estão. Seguindo a linha "sem rumo", dormir sem despertador também é difícil, dados os múltiplos horários e complicações que a vida tem me oferecido. Porém, fiz isso hoje e acordei ao meio dia sentindo um vigor que tem sido raro. Nem que esse seja um item destinado apenas aos fins de semana, agarrar-me-ei a ele. Junto com filosofar, encontrar e sair com amigo(s) figura como importante e desejável. A minha vida só faz sentido quando compartilhada, e é para isso que conto com pessoas comigo vivendo as histórias e aventuras de cada um. Por fim, um que não pode ser feito todos os dias (ainda?), viajar talvez também possa ser traduzido como fazer algo novo, para então se tornar potencialmente cotidiano. Eis aqui uma breve bula para o meu pequeno projeto de dias felizes.
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