domingo, abril 14, 2013

Para ser mau basta não ser bom

Assisti a um vídeo do TED (desculpem pela péssima formatação, não consegui anexá-lo aqui direto do TED sem que isso significasse um atropelo das "margens") sobre "como pessoas comuns se tornam monstros... ou heróis".



Na base do argumento do palestrante está a noção de que se não agimos em relação a algo, podemos estar compactuando (algumas vezes sem saber) com maldades e com um sistema que facilita e perpetua o abuso de poder de uns sujeitos sobre outros. Para ele, o sistema é problemático e não basta pensar a maldade como algo que acomete o indivíduo, tampouco pensar o indivíduo apenas em relação ao social. O social é fortemente influenciado pelo sistema, pelas regras, pelas leis etc.

Eu concordo com ele não apenas racionalmente, mas também de experiência. Houve uma vez em que tive a oportunidade de interferir (e potencialmente impedir) em uma briga que estava para acontecer. Eu poderia ter impedido que um amigo fosse socado, bastava usar o meu tamanho e me colocar entre ele e seu "oponente". Coisa patética de crianças arrogantes demais para entender que socar um ao outro é bobagem. Ou de crianças bêbadas demais na noção de poder machista. Enfim. Só que eu fiquei lá parado, sem fazer nada. Eu estava com medo, para falar a verdade. Medo de agir, medo de interferir.

Isso, me parece, é suficiente para que infinitas possibilidades morram: basta a gente ter medo de agir.

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