Eu não sou uma raposa prática. Penso e escrevo sobre tudo que cruza meu caminho, mas na hora de agir a coisa fica meio travada. Não que eu não faça as coisas, volta e meia vou lá e faço mesmo. Na maior parte das vezes por impulso. Foi assim com o lançamento do livro que hospeda meu primeiro conto. Ia, não ia, ia, não ia, aí minha mãe falou que eu gostaria de estar lá, concordei e comprei as passagens.
Passagem barata comprada, um mês depois vou ao aeroporto com o digníssimo. Também comprei a dele, umas duas semanas depois da minha, para o mesmo dia e mais ou menos o mesmo horário. O mesmo voo não foi possível. Tudo bem, fazer o quê? Estamos no guichê para fazermos o check in e descubro que vamos para aeroportos diferentes. Ele Congonhas e eu Garulhos. Detalhe: eu já havia organizado com meus amigos de me encontrarem em Congonhas. Horário certo, lugar errado.
Diga-se de passagem, essa não foi minha única confusão prática envolvendo companhias aéreas. Final de dezembro do ano passado tive a linda surpresa de descobrir a função do check in quando perdi um voo por não realizar o danado. Logo, ele serve para confirmar que você estará no voo e, caso não seja feito, significa que a sua vaga será ocupada por outra pessoa. Isso acontece trinta minutos antes do voo partir, o momento exato em que cheguei porque esqueci que precisava ligar para a companhia de táxi com antecedência. Que culpa eu tenho se os táxis não são instantâneos?
Foi como quando eu viajei para os Estados Unidos. Para variar, estava atrasado. Véspera de natal, nenhuma companhia de táxi respondia às minhas ligações. Saí com um malão enorme na rua procurando por um táxi livre e desimpedido, mas pelo jeito todos taxistas têm famílias com as quais passam o dia 24 de dezembro. Fui salvo pela sorte (de encontrar um colega), já que o juízo (de me organizar e antecipar) faltou. Pelo que a vida tem mostrado, espero continuar com um estoque de sorte no bolso por bastante tempo, porque o juízo está demorando pra aparecer...
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