Existe um provérbio (li que era africano) que diz o seguinte:
Se você quer ir rápido, vá sozinho. Se você quer ir longe, vá acompanhado.Nós vivemos em uma sociedade ocidental capitalista malvada que insiste que necessitamos correr contra o relógio para fazer absolutamente tudo e alcançar um sucesso incontrolável por meio do dinheiro. O perigo dessa cantiga é que ela funciona para algumas pessoas, o que prende milhares (milhões!) de outras no sonho de ficar rico e gastar toneladas de dinheiros aleatoriamente para luxos vãos. No meio de tudo isso, somos bombardeados por infinitos estímulos e convites que tendem mais a nos desviar das coisas que queremos (acrescentando vários outros desejos) do que a nos levar para frente.
Como lidar com esse tanto de coisas sozinhos? Espere, por que sozinhos? Sei que vemos todos os dias pequenos sucessos individuais, sei que eles parecem glamorosos e fantásticos, mas pergunto: o que queremos para as nossas vidas é apenas para as nossas vidas, ou também para as de outras pessoas? Por que não dividir nossos sonhos e desafios com outras pessoas? Aos poucos, fazer com que nossos sonhos também sejam sonhos de outras pessoas, que nossos desafios contribuam para o crescimento alheio?
Há pelo menos três maneiras através das quais outras pessoas podem ser úteis em nossas vidas.
Amigos para pedir ajuda. Nós não podemos saber tudo, mas podemos conhecer pessoas que sabem aquelas coisas que não somos capazes de fazer, ou que são muito melhores que nós. Por que não dividir e compartilhar parcerias? Pedir ajuda pode ser trocar favores, pode ser pegar aulas, pode ser qualquer coisa que inclua o conhecimento de outra(s) pessoa(s) influenciando nosso caminho. Fazer tudo sozinho pode talvez até ter um sabor de conquista maior no fim do caminho, mas é bem mais chato e, óbvio, solitário.
Amigos para nos cobrar. Sabemos os sabores das distrações e os perigos de nos perdermos de nossos objetivos. Muitas vezes um mero bilhetinho na parede pode não ser o suficiente para nos manter no caminho. É nessa hora que entram amigos, psicólogos, chefes, coaches e o que mais estiver à disposição para nos auxiliar. Conte às pessoas o que você está fazendo: a pressão social de corresponder aos anseios dos outros provavelmente será de grande ajuda nas suas tarefas. Ninguém gosta de decepcionar os outros (se você gosta, provavelmente é algo que devemos conversar a respeito...).
Amigos para celebrar. Essa é uma parte que a gente de vez em quando esquece, ou deixa para comemorar apenas no final. Não! Divida suas alegrias de cada passo concluído com as pessoas próximas e queridas. Isso dá valor e faz valer cada vez mais passo após passo. A celebração fecha um ciclo e nos dá energia para seguirmos conquistando novos sucessos e, por tabela, novas celebrações. Com o tempo, nos acostumamos a aceitar a felicidade das pequenas conquistas, ao invés de desejá-la como um grande prêmio no final de um longo caminho.
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