Hipoteticamente, meu ano está completo. Fiz tudo que havia me proposto a fazer. Experimentei tudo que queria. Amizades, sexo, drogas, a maior parte das coisas que sempre tive curiosidade. Algumas são experiências a serem repetidas, outras a serem modificadas, algumas poucas a serem descartadas.
Este foi um ano que amei. Não apenas os acontecimentos, mas também algumas pessoas. Não odiei ninguém, posso dizer que há anos não sinto algo verdadeiramente ruim por alguém. Conheci pessoas maravilhosas que em poucos dias já estavam super íntimas, outras não tão maravilhosas nem tão rápidas. Algumas pessoas foram instantâneas, confusas, apaixonadas, apaixonantes, loucas, reguladas.
Vivi com meus amigos, saí para encontrá-los, encontrei-os para sair. Não sei se disse "eu te amo" o suficiente para todas as pessoas que mereciam ouvir essas palavras todos os dias de suas vidas.
Termino o ano exatamente como o iniciei: sozinho. Isso é, muito, uma escolha. Eu poderia estar em algum lugar parado, mas escolhi não parar jamais. Porém hoje não sei se consigo lidar com esse sentimento de solidão. Enquanto mantinha o Effy's style tudo funcionava perfeitamente. Why botter caring about people? Porém, agora que reaprendi a sentir, preciso aprender a lidar com isso. É meio que um turbilhão, muita coisa represada.
Talvez eu guarde tudo outra vez.
Está chegando a hora de planejar 2010. Prometi para mim, como resolução ainda de 2009, que só pensaria no próximo ano quando ele chegasse. Bolsa, emprego, estudos, tudo isso guardado para começara ser pensado amanhã. Como irei me relacionar com as pessoas, o quanto mostrarei de mim, que tipo de festa farei.
Hoje concluí alguns discursos que alterarei. Embora eu não pense em deixar de ser uma pessoa de sexualidade livre e fácil, não divulgarei isso aos quatro ventos. É uma questão de respeito: já me foram apontados dedos com relação a quem eu sou ou ao que faço, e odiei a sensação.
Acho que, no fim, tudo se resume ao medo de ser deixado de lado, de não ser protagonista.
Desculpem, meu punhadinho de leitores, pela verborragia. Estou chateado com os acontecimentos das últimas horas que, embora potencialmente prazerosos, ficaram muito aquém do esperado. Não acredito que houvesse muito que eu pudesse fazer para alterar isso, depois de iniciado o processo. Era meia-boca ou nada, mas eu não tinha me dado conta do que aconteceria. No fundo, mantive minha estúpida crença de que as pessoas pensam como eu.
Não é verdade, nunca é verdade. Ninguém pensa como eu. Quem pensa, enlouquece.
OK, não sejamos idiotas. Óbvio que tem gente que acompanha meu raciocínio, que entende as coisas como eu e tudo mais. Mas onde estão essas pessoas? Eu queria uma delas aqui, me oferecendo um abraço. Simples assim. Um abraço verdadeiro, sabe? Daqueles que aquecem não só o corpo, mas também o espírito.
Nossa, não consigo parar de escrever. Acho que é tanta coisa na cabeça, tanto assunto que sinto precisar encriptar para falar a respeito.
Eu fui transparente ontem e hoje. Odeio ser transparente. O que é ridículo da minha parte, se passei meses treinando para transparecer meus pensamentos. Agora que não estou na caverna, quero voltar. Que diacho de contradição é essa?
Eu realmente entendo a necessidade que as pessoas têm de serem amadas. Compartilho, evidentemente. Puxa vida, olhem pra mim, sou uma criança sedenta de atenção. Ora, vejam o tamanho deste post.
O ano está acabando. As questões dele, não. Novas questões virão para a próxima temporada. Novos desafios, também. Se tudo correr como espero, ainda faço uma lista de desejos para 2010 antes que o ano comece. Se não correr como espero, não pensem mal de mim, é provável que o dia tenha superado minhas expectativas, então.
^^
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