Ontem, meia-noite e oito, olhei para o relógio e pensei "oh uau, menos de 48 horas para que 2009 se encerre".
Ainda não sei o que farei na virada. Estou um pouco perdido, já que todos meus amigos têm compromissos com suas famílias ou amigos. Eis o lado ruim de não possuir um grupo de amigos fechado e consistente. Transitar por vários círculos termina por não me prender o suficiente a nenhum deles, portanto festas importantes como a virada do ano tendem a não me considerar como integrante. Note-se: não é uma reclamação, é uma escolha. Talvez a partir de 2010 eu escolha diferente, mas por enquanto não posso.
A princípio passarei aqui na cidade com o moço que tem movimentado meus dias nos últimos dois meses. Será um fim de temporada adequado, com um abraço carinhoso e comemorativo, em nome às dificuldades que o semestre apresentou. Ele sabe como me sinto nessa coisa de ir embora, abandonar uma cidade e começar a vida em outra, pois já passou por isso. Porém em muitos aspectos ele não me entende, assim como muitas pessoas têm dificuldade em entender. Sei porque isso acontece, eu transito entre tantos espaços, na esperança de nunca estar fixo em algum espaço. Isso me protege ser convencional. Infelizmente também me prejudica na medida em que ninguém sabe, realmente, o que eu gosto.
Minto. Pessoas sabem. Alguns enxergam através de toda essa onda de desvios e estratagemas. Meio Amélie Poulain, que muda a vida de todo mundo, mas não sabe quem corrigirá a sua própria. Estratagemas. Bah! Nem sei exatamente a razão de ter puxado essa referência, foi uma coisa meio fluxo de consciência. Útil, embora estranho.
Preciso pensar nas resoluções para 2010. Nunca fui de fazer isso, mas o sucesso dos meus planos para 2009 me mostrou que ter objetivos é algo que pode funcionar. Não preciso dominar o mundo em um ano, mas posso mudar o meu inteirinho. Oh uau, estou apaixonado pela vida!
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