terça-feira, dezembro 29, 2009

Tranquilidade

Estava pensando agora enquanto lavava a louça: 2009 foi, para mim, uma espécie de adolescência. Dentro da minha confusão de não ter existido antes de 2006, os primeiros passos da descoberta de um mundo (não novo, simplesmente um mundo) aconteceram ao longo dos primeiros três anos. Porém a novidade, a rebeldia, a reinvenção, tudo isso aconteceu somente neste ano.

Primeiro é importante esclarecer: entre 2006 e 2008 eu vivi muita coisa fabulosa. Eu construí muita coisa nesse período, que em 2009 vim a reafirmar ou a reformar.

De novo à adolescência. No início de 2009 foi o período de confusão, de começar a experimentar e descobrir que algumas coisas diferentes não machucam. Brincando de Effy da terceira temporada (Skins), me fechei e não deixei muita gente chegar perto de mim. Quando eu começava a esboçar qualquer tipo de interesse, fugia. Fiz isso com algumas pessoas que poderiam ter me acrescentado muito mais do que acrescentaram. Pessoas que poderiam ganhar infinitamente mais de mim. Paciência, não posso recuperar esse tempinho ingênuo.

Depois foi a vez de me interessar pelas pessoas que não se interessam por mim. Problema típico, mas natural. Acho que hoje estou livre dessas frustrações. Doeu muito, muito mesmo, me dar conta de que algumas vezes preciso aceitar que meus desejos são simplesmente isso: desejos que, como tais, não têm obrigação de se realizar.

Agora acho que estou num novo momento, em que devo decidir se a vida adulta começa ou se continuarei nesse ritmo acelerado. É um ritmo muito bom, mas estagnado. É um ritmo que seria totalmente aceitável aos 15 anos, mas aos 23 ele já começa a ser inconsequente. E agora, o que escolherei?

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