Havia em uma aldeia uma velha mulher conhecida por todos como a "mulher chorosa". Esse apelido foi dado, pois todos os dias, com chuva ou com sol, ela estava sempre chorando. A "mulher chorosa" costumava vender bolinhos de arroz na rua. Todos os dias um monge passava por ela a caminho da aldeia onde ia pedir esmolas. Um dia, ele resolveu parar para conversar.
"Todos os dias, faça sol ou faça chuva, vejo a senhora chorando. Por que isso acontece?", perguntou o monge.
Então ela explicou que tinha dois filhos artesãos. Um confeccionava delicadas sandálias e o outro, guarda-chuvas.
"Quando faz sol, me sinto aflita porque ninguém vai comprar os guarda-chuvas de meu filho e sua família pode passar necessidades. E quando chove, penso no meu filho que faz sandálias e tenho pena porque ninguém vai comprá-las. E ele também poderá ter dificuldade para sustentar sua família", explicou a mulher chorosa.
O monge ficou pensando na história da mulher chorosa enquanto comia um bolinho de arroz. E achou graça.
"Mas a senhora deveria ver as coisas de outra forma. Quando o sol brilha, seu filho vai poder vender muitas sandálias, e isso é muito bom. Ele poderá guardar dinheiro para os dias de chuva. E, quando chover, seu filho que faz guarda-chuvas venderá muitos guarda-chuvas, e isso é também muito bom", disse o monge.
A velha olhou para o monge com um sorriso nos lábios. E, desde esse dia, passou sorrindo todos os dias da vida, chovendo ou fazendo sol. Depois de algum tempo, ninguém a chamava mais de "a mulher chorosa".
sábado, outubro 12, 2013
A mulher chorosa e o monge zen
Copiei a história do livro Pocket Zen, do Bruno Pacheco. A imagem foi encontrada na internet, já que eu queria um monge e uma velha. Uma pequena variação do copo meio cheio ou meio vazio, mas que vale muito considerarmos em nossas vidas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário