O que acontece quando nossos limites (sobre os quais falei para superarmos) não são apenas nossos, mas sim impostos por outras pessoas e instituições? O que fazer quando nossas fragilidades são mais do que falta de coragem? Como lidar caso haja dificuldades que vão além do individual? Dráuzio Varella estabelece uma relação entre inteligência e indigência, por exemplo.
Eu não sei o que pensar sobre isso. Sempre foi muito confortável acreditar que basta disposição individual para superarmos os desafios, mas a verdade é que eu escrevo de uma posição extremamente privilegiada. Talvez outras pessoas gostariam de estar em meu lugar, mas não podem por motivos de tempo, acesso ou mesmo fatiga. Uma coisa é certa: nossa vida não depende apenas de nossas escolhas.
A questão é: o que fazemos a respeito?
Eu sou professor e cada vez mais tenho a certeza de que isso não é o suficiente para realmente alcançar os estudantes e lhes oferecer algo valioso. Ou talvez eu esteja novamente querendo chegar a todos ao mesmo tempo, me concentrando nas ovelhas negras desinteressadas e ignorando as pessoas que realmente podem aprender algo do contato comigo. Ou talvez eu esteja superestimando a minha participação nas vivências alheias.
Aceito sugestões, porque sozinho anda difícil de pensar sobre isso...
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