Na minha visita semanal à biblioteca estadual encontrei um livro maligno. Eu sempre disse aos quatro ventos que livro não é algo que a gente deva queimar, mas minha primeira vontade foi a de levar o danado até a bibliotecária e perguntar como eles têm coragem de expor aquele material nojento num lugar acessível a crianças e adolescentes.
Eu não sei no que acreditar. É muito, muito difícil respeitar a crença de quem defende que eu não deveria existir. Talvez seja assim que machistas homofóbicos psicopatas se sentem quando leem blogs como o da Lola. Nem posso dizer que minha crença é melhor do que a deles só porque não quero que eles morram lenta e dolorosamente (não sempre, ao menos).
A verdade é que busco um jeito para a minha forma de ver o mundo ser hegemônica. A verdade é que estar vivo em sociedade é sempre uma guerra em busca de definir qual ponto de vista predominará e quais serão extintos pelo caminho. Que vivências serão consideradas normais, que experiências serão julgadas como más ou inumanas. Por eu não haver nascido há mil anos, acho que matar para alcançar os meus fins e preservar meus afetos não é uma possibilidade cogitável. O que realmente me incomoda é que meus algozes não jogam pelas mesmas regras.
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