Li hoje uma notícia/entrevista sobre um sujeito que só come carne crua há cinco anos. Ele tem uma namorada vegetariana. Um amigo, ao me enviar esse link, comentou como o amor é algo interessante, em muitos casos contraproducente. Afinal, como uma vegetariana namoraria um carnívoro? A minha resposta é simples: ora, o amor não serve para nada.
Calma, eu explico. Acho o amor uma coisa muito fofa e cuticuti, mas tenho a impressão de que a minha abordagem é bem pouco romântica. Amar, pra mim, e já falei isso antes várias vezes (aqui e aqui, por exemplo), é querer e tratar bem, cuidar, dar atenção e carinho, se preocupar. Não tem nada a ver com procurar no resto do mundo alguém que reflita os nossos ideais. Talvez eu até seja um pouco romântico, veja só, porque acho que a gente ama por amar, não para alcançar alguma coisa. No caso da moça vegetariana, qual é o problema, exatamente, em ela namorar um cara que tem a geladeira recheada de carne crua?
Eu não amo todo mundo. Tenho a impressão de que só os sujeitos mais evoluídos espiritualmente conseguem essa proeza que, para ser bem sincero, seria muito útil à nossa existência coletiva. Um mundo em que as pessoas se preocupassem e cuidassem uns dos outros certamente seria um mundo melhor. Ou menos cretino, ao menos. Acho que o título deste texto está errado, afinal. O amor serviria para alguma coisa se fosse universal. Pena que é um enorme se.
Nenhum comentário:
Postar um comentário