Ainda sou um professor novato, mas estou sempre analisando os "tipos de aluno" que pipocam nas aulas. Um deles é o aluno que acha que professor opera milagres. Sabe aquele sujeito de cara amarrada que não está interessado na matéria, reclama quando tem trabalho, resmunga se é chamado e fica o tempo inteiro bocejando? Aquele aluno que, no fim do semestre, culpa o professor porque reprovou, mesmo não tendo feito nenhum trabalho?
Regrinha básica: professor não ensina. Nenhum professor pode magicamente entrar na cabeça dos seus alunos e mudar seus conceitos. O que rola é o professor propor situações de aprendizagem. Só que para isso tem que acontecer uma contrapartida: o estudante precisa ter interesse.Sem interesse, sem aprendizagem. Sem participação, sem aprendizagem.
Aí vem o fulaninho e acha que o trabalho é difícil demais e não faz. Eu, professor, não saio prejudicado com isso por nada no mundo. Um texto a menos para corrigir durante o fim de semana. O fulaninho, por outro lado, perde mais uma oportunidade de receber um retorno relativo ao quê ou como fez seu trabalho.
Para mim, ser professor é apontar caminhos. Só que para chegar até esses caminhos, o estudante precisa dar alguns passos por si só.
2 comentários:
Escolhi bacharelado pq imagino que não exista profissão que mais tenha de lidar com má vontade alheia que a de professor.
Meus colegas de aula já me irritam com algumas posturas de aluno medíocre, se eu fosse professora deles surtaria em menos de um semestre.
Admiro quem consegue lidar.
Minha graduação é em jornalismo, então eu não tive o preparo (profissional ou espiritual) que imagino que licenciandos recebem (ou tentam receber hehe) para lidar com estudantes. Eu sou uma pessoa que realmente "absorve" a emoção alheia, então os dias em que essa emoção é desmotivadora... esses são os piores.
Pelo menos existem também dias felizes ^^
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