Tem aquela música do Blitz, Você não soube me amar. Acho linda, sempre gostei. Só que tem algo que me irrita nesse "saber amar", algo que nesse fim de semana ficou muito (mais) claro para mim: se relacionar não é um, são dois. Não basta que uma pessoa ame perdidamente se a outra não tiver interesse. O mesmo vale para diversos níveis do gostar, eu posso amar muito, mas se meu outro só me ama de levinho, a coisa estará com dificuldades.
Outra música que eu gosto muito é Miss you love. Acho que é do Silverchair, mas eu ouço a versão do Damien Rice. A conheci ainda em 2010, quando me apaixonei por um menino que amava o jeito que eu o amava, mas não me amava de volta. É simples assim: eu queria casar, namorar, ter trinta e sete filhos, ficar junto o tempo inteiro. Ele queria... bem, até hoje não sei o que ele queria, mas não era isso tudo, era outra coisa.
É a mesma coisa que acontece todas as vezes em que queremos algo e a outra pessoa não. Ou quer diferente. Amizades funcionam porque as pessoas decidem que querem a mesma coisa para si, ou estão dispostas a compartilharem suas vidas num nível semelhante com outra pessoa. Amizades acabam quando isso não faz mais sentido. O mesmo vale para amores, namoros e ficadas, excetuando a parte em que nos investimos mais, damos emoção e atenção em níveis maiores.
Talvez seja por isso que suspiramos tanto por histórias de amor: sabemos que são possíveis, mas tão incrivelmente raras! Ainda assim, esperamos que cada troca de olhares possa nos levar àquele estado de suspiros e palpitações, que cada beijo possa transformar a maneira como vivemos. Ai, ai, esses relacionamentos... O que me deixa mais chateado é saber que não tenho culpa por não amar, e triste por saber que quem não me ama também não tem.
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