segunda-feira, janeiro 29, 2007

amanhã

Amanhã vou à editora da UFRGS pleitear uma vaguinha de estágio. O conjunto todo é muito bom, vinte horas semanais, salário em torno de três centos, muita liberdade no horário. Resolve três problemas: a necessidade de tempo livre para um estágio (esse pode se encaixar nos meus horários da faculdade), a necessidade de um dinheiro que seja meu (às vezes cansa viver como principezinho) e a necessidade de um trabalho pra começar a aprender alguma coisa de verdade (afinal de contas, não é justo que logo eu queira viver no mundo da fantasia).
logicamente, estou assustado. Aliás, não sei se tem algo de lógico nisso, eu estou assustado simplesmente porque não sei o que vai ser de mim amanhã e não sei como vai correr a conversa com o possível-futuro-chefe e, muito menos, sei se consiguirei a vaga. A única coisa que sei é que ficarei extremamente frustrado se não conseguir e que, se conseguir, não saberei sequer por onde começar.
mais um mundo novo.

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Hoje eu comecei uma nova empreitada. Talvez seja uma loqueação da minha cabeça, assim como escrever palavras tipo "loqueação", mas eu estou razoavelmente empolgado em tentar ajudar algumas pessoas ao meu redor. Não é exatamente caridade, luta pelo bem estar social ou qualquer coisa assim, mas se eu conseguir ajudar aqueles que caminham ao meu lado, ué, não estarei me ajudando?
poderíamos entrar na discussão sobre ajudar os outros, se existe bondade ou se tudo que fazemos é porque esperamos algo em troca. Eu, particularmente, gosto de me fazer de ignorante e dizer que existe bondade. Porém a raposa em mim grita o tempo inteiro que bondade é um nome diferente para interesse, e que se fazemos algo para alguém, significa que queremos algo em troca dessa pessoa.

Essa lógica, apesar de desgostosa, se encaixa para além de amizades. Vejamos um namoro, por exemplo. "Amar para ser amado". A idéia é bonita, mas esconde uma verdade impactante (pelo menos pra mim foi): se tu não ama, tu não será amado. Se tu não procura, não será procurado.
e o que é pior: de vez em quando, se tu procura, não será procurado mesmo assim. Nada autobiográfico, fique claro, minha vida está nos trilhos e estou bem feliz onde estou no momento, e especialmente feliz para onde estou indo.

De volta aos interesses bondosos.
eu ajudo um amigo. O que eu ganho com isso, além da (pressuponho) já adquirida preocupação do indivíduo? Manutenção da amizade? Está certo, concordo que é importante sermos ativos nos relacionamentos para que eles se mantenham. Esse pensamento, contudo, só vem a reforçar aquilo que já disse antes: se manter a amizade é meu interesse, é por isso que estou agindo. Há!
interesses.
nada de bondade.
eu odeio quando meu lado raposa está correto.

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