segunda-feira, novembro 18, 2013

Um pouco de melancolia

Ando meio melancólico.
Faltam aproximadamente 54 dias para minha partida e mais uma vez estou apavorado ante à possibilidade de tentar algo maior do que eu. Olho pro mundo e penso que ele não foi feito para ser vivido, mas sim para me dizer como viver.

Tristeza, melancolia, essas coisas vêm em ondas.
Numa hora está tudo bem e no momento seguinte tu está parando olhando para as luzes do prédio vizinho e pensando em tudo que irremediavelmente ficará para trás. Desapego é requisito, mas eu sinto esse geladinho triste porque ainda estou apegado, muito, muito.

Tem um quê de poético em assumir que, para ser feliz em 2014, estou disposto a abandonar as minhas felicidades de 2013. Não é justo, eu sei. Na verdade, talvez não seja nem certo. Maldito o dia em que descobri o mundo grande demais para ficar enraizado num lugar só.

Quando vim para Goiânia, pensei a mesma coisa que agora planejo para São Paulo: não criar raízes. A gente voa, voa, voa, mas quando pousa, a terra nos abraça e pede para ficarmos um pouquinho mais. É bom, é quentinho, muitas vezes é tão gostoso quanto nossos sonhos realizados um dia poderão ser. Só que o especial de ter um sonho não é chegar lá, mas sim ir atrás.

Meu sonho é ser quem eu quero ser.
Desse alguém já tenho os defeitos. Falta só o resto.

sexta-feira, novembro 08, 2013

Raposa em recesso

O fim do ano está me apertando. Se eu não estivesse com planos e pesquisas para começar o irmão da Raposa Antropomórfica, talvez minhas vindas aqui continuassem frequentes. Não sendo esse caso, aviso aos navegantes que darei uma paradinha. Não pra sempre, mas a postagem diária será interrompida.

Voltarei com notícias.

quinta-feira, novembro 07, 2013

Atualização burocrática

Escrever todos os dias é difícil. Estou conseguindo na literatura, mas aqui no blog ando sem paciência, especialmente porque estou bastante dedicado ao irmão mais novo da Raposa Antropomórfica. É provável, portanto, que até o final do ano eu comece a escrever menos aqui. Em tempo: lanço o novo blog em janeiro.

quarta-feira, novembro 06, 2013

Rapidinhas

Ontem meu guarda-chuva novo quebrou, acho que ficou chateado de haver se molhado tanto. Chegamos à época em que chove todos os dias e estou de novo desprotegido.

* * *

Na biblioteca da faculdade, ontem, só podia pegar livro emprestado deixando documento. Meu amigo retirou um livro para usar em sala de aula, a bibliotecária foi pra casa e ele quase ficou sem a carteira de motorista. Sorte que a moça lembrou e voltou.

* * *

Estava muito difícil resistir ao impulso de comprar um novo celular. Precisei apelar para o mais fundo da razão. Eu não preciso de um telefone novo. Não preciso. Não preciso. (sim, é assim que a minha razão profunda funciona, feito uma criança de cinco anos ao contrário [porque uma criança de cinco anos quereria um maldito telefone novo]).

terça-feira, novembro 05, 2013

Fátima e o Passeio das Águas

"Vocês esperam uma intervenção divina, mas não sabem que o tempo agora está contra vocês"., cantei ontem com o Capital Inicial. Acho que sempre esperei que as coisas na vida se resolvessem por mágica, talvez porque na maior parte das vezes eu seja uma pessoa relativamente privilegiada (branco, classe média, não exatamente feio etc.). As coisas meio que sempre foram acontecendo e eu fui acompanhando, muito mais do que tomando as rédeas. Acho que é daí que vem o meu medo.

* * * * *

Ontem conheci o Passeio das Águas, novo shopping aqui de Goiânia, com meu namorado e dois amigos dele. É grande, concordo, mas achava que seria imenso, inconcebível, incomensurável. Nem é, é só grande, mesmo. Ainda bem, porque fica longe e precisa caminhar um bocado depois (ou antes, na volta) de pegar o ônibus.

segunda-feira, novembro 04, 2013

Medinho

Eu estou com medo do futuro. Ontem rabisquei pela segunda vez o provável primeiro primeiro texto do meu novo blog, mas é inevitável a pergunta: eu preciso de um novo blog? Eu conseguirei manter um novo blog? Alguém está interessado em ler algo do que eu escrevo? Essas ansiedades me perseguem desde criança. Estou acostumado a me perder nos silêncios mais do que em me atirar à vida, por isso meu plano de arriscar pôr a cara no mundo me assusta tanto assim.

Por outro lado, vou confirmando que meus amigos me apoiam. Não sei o que realmente pensam daquilo que escrevo – é tão importante assim? –, mas sei que estão dispostos a aguentar minhas lamúrias e cutucar meus sonhos para que cresçam mais fortes. Isso já me deixa bastante animado, um pouco mais disposto a enfrentar o mundo.

domingo, novembro 03, 2013

Continuando o exercício

Hoje escrevi 628 palavras em 40 minutos de trabalho. Acho que talvez eu devesse utilizar a primeira pessoa para contar a minha história, não a terceira. O que seria decepcionante se eu já tivesse umas 50 mil palavras escritas, mas só tenho 14 mil. Estou trabalhando nesta história desde 10 de agosto, uns 85 dias atrás. É como se eu tivesse escrito 164,7 palavras por dia desde que comecei, o que é um ritmo patético.

O que farei?
Despretensiosamente – como se eu conseguisse –, vou continuar escrevendo até concluir a história que eu me propus a escrever. Depois vou reescrevê-la inteira na primeira pessoa acrescentando detalhes, descrições e novas ideias. Será difícil, pois continuarei com o exercício das 500 palavras por dia mesmo enquanto estiver editando. Meu objetivo é chegar em algum lugar próximo a 50 mil palavras, o que meu ritmo atual sugere que levará ainda 72 dias. 

Aí entra meu segundo objetivo, até então só guardado para mim mesmo: terminar esse romance até o fim do ano. Tenho 59 dias para isso, mais ou menos. Terei que dividir a carga de trabalho desses 13 dias que me faltam (6,5 mil palavras) entre os demais 59. Talvez 58, porque estou considerando o hoje e o hoje já acabou, literariamente falando.

E vamos que vamos.

sábado, novembro 02, 2013

Escrever, escrever, escrever 2

Desafio: escrever 500 palavras literárias por dia.

Como foi hoje: escrevi exatamente 500 e parei. Foi difícil, não estava inspirado. Tenho percebido problemas absurdos na minha história. Eu não descrevo nunca, isso é patético! Sou direto demais, preciso parar e contar melhor aos leitores o que está acontecendo.

Acho que é como a natação. Percebo minhas dificuldades, mas corrigi-las é muito mais difícil do que simplesmente saber que elas estão ali. Algumas vezes me pego pensando se eu realmente tenho condições de fazer isso. Ontem achei que estava sendo leviano ao me propor somente quinhentas palavras por dia. Hoje estou dando graças aos deuses que foi esse o compromisso.

Como meu objetivo é mudar um hábito, ou criar um, melhor mesmo que eu o faça aos poucos.
Amanhã é domingo, mais um dia que terei praticamente todo para mim. Desafio mesmo será segunda-feira, quando meu namorado estará de folga e passará o dia comigo.

sexta-feira, novembro 01, 2013

Escrever, escrever, escrever

Promessa: escrever no mínimo 500 palavras de material literário inédito por dia (se eu estivesse participando no nanowrimo, mês nacional de escrever romances, eu precisaria escrever 1667 por dia, mas não topei o desafio, preferi me aquecer primeiro... ano que vem eu tento).

Resultado de hoje: escrevi 568 palavras, bati a meta e parei. Estou seguindo o conselho que encontrei na internet de parar de escrever quando ainda há ideia e vontade de continuar a história. Assim a gente já começa no dia seguinte com gás para dar continuidade.

Qualidade geral: é, essa parte ficou a desejar. Acho que estou um pouco enferrujado, por estar escrevendo pouco, e por isso a cena que escrevi ficou bem fraca. Especialmente porque foi uma cena de sexo, a primeira transa de dois personagens (entre si, não são virgens). Fui muito pouco descritivo, uma tendência que tenho. Acho que tudo dará certo quando eu finalizar a primeira escrita e voltar revisando e acrescentando descrições e detalhamentos.Pelo menos é isso que eu espero, que eu seja capaz de melhorar esse texto.

A verdade é: eu quero escrever outras histórias, estou cansado de trabalhar em cima dessa. Contudo, não posso deixar que ela seja mais uma jogada na minha pasta de contos inacabados. É um romance, no mínimo uma novela (está mais para uma novela), e o primeiro que eu consegui pensar numa narrativa do início ao fim. Eu já sei como termina, embora outras coisas imprevistas estejam acontecendo no meio e eu esteja ficando um pouco feliz por isso, pois já choro de antecipação pelo final. Espero realmente que meus personagens consigam mudar os rumos que planejei para eles.
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