terça-feira, fevereiro 27, 2007

nhai

Viver o presente é a indicação mais saudável para se ter uma vida plena de aventuras e amores e recheios. Não viver no passado, preso àquilo que já ficou pra trás e que dificilmente retornará em outro lugar que não em sonhos. Não viver no futuro, amarrado ao que ainda não chegou, mas que um dia pode vir a ser.
o problema de viver no presente e gostar dele, é que criar expectativas para o futuro se torna natural - ao menos pra mim. Se estou feliz, eu espero que os dias vindouros sigam o mesmo ritmo. Eu desejo isso. E quando as coisas não seguem o ritmo, ou ainda se anunciam que assim não seguirão por vontades e faltas de, chega a frustração. Esse é o meu estado agora: frustrado. Triste, irritado, magoado, com vontade de tocar a cabeça na parede. Especialmente porque eu sei que é idiotice minha agir e pensar dessa forma. É óbvio que o mundo não acontece como eu quero. Mas que se dane o mundo! Droga.
Crise aguda de saudade.
preciso resolver ainda hoje.

*argh*
taí uma coisa que eu não me importo de matar...
tenho certeza até que ficarei mais feliz quando o fizer.



xxx


O tal do Wii é tri legal, a gente mexe de acordo com os movimentos do teu personagem na telinha, fazia tempo que eu não me divertia tanto com um videogame ^^

sábado, fevereiro 24, 2007

Pensamentos

Enquanto lia o jornal hoje me pus a pensar. Ando bastante preocupado com o final da faculdade, que em pelo menos um ano e meio já não fará mais parte da minha rotina. Envolvido nesses pensamentos, acabei chegando até algumas lembranças sobre quando troquei de colégio no início do Ensino Médio.
quando eu fui para o Anchieta, eu sabia o que eu estava deixando para trás - oito anos numa escola que até então era minha única referência de estudo e amigos - e sabia o que eu estava procurando: um ensino de maior qualidade. O que eu não sabia, e nem passava ainda pela minha cabeça ser importante de se saber, era o que viria pela frente.
eu encontrei novas pessoas inseridas numa realidade muito diferente da qual eu havia saído. Na realidade, eu não tinha saído por completo, me tranquei atrás de alguns medos e preconceitos e consegui me isolar daquele mundo que só me servia para aprender mais. Mesmo esse objetivo tendo sido alcançado, uma gama de experiências foi deixada de lado simplesmente por eu acreditar que poderia viver aquele mundo sem ser, de fato, afetado por ele. Quase consegui.
a universidade representou duas coisas: o fim de uma época que eu já não queria mais que acabasse, embora meu desejo tivesse chegado tarde demais; e o início de mais uma aventura, mais um mundo. Este desde o início eu sabia que era do meu gosto, era a vivência para a qual eu vinha sendo preparado até então. A hora de deixá-la para trás, de subir esse degrau que até um tempo era alto demais para mim, está chegando.

Acredito que venha de eu não saber o que vem pela frente o meu medo do futuro, bem como meu gosto pelo passado, que sempre estará ali para ser revisto e analisado. Sei muito bem o que fiz ontem, as besteiras que cometi e também as boas coisas. Compreendo o que aprendi e o que deixei passar sem absorver.
sinto-me, porém, num ciclo interminável: sei o que quero no futuro, mas não faço idéia do que terei ou farei. Sim, é o mundo. O mundo. Ele me assusta. Eu não o conheço, eu ainda não o vivi, não sei o que pensar dele. Será que vou esconder-me dele como já fiz antes? Simplesmente dançar ao som da música como não costumo tentar?
eu gostaria de viver num mundo de certezas, já que o que me mata é a dúvida.

O passado é importante para montar quem nós somos no presente, que é a pessoa que viverá o futuro. Bem disse uma amiga ao ensinar-me que não se pode elogiar os outros até aprender a ser elogiado.
estou vivo enquanto estiver aprendendo.

Obrigado
*esperando aplausos*

terça-feira, fevereiro 20, 2007

futuro

Das dúvidas maiores, a que sempre me assustou foi o que viria a seguir. Meu futuro, o que eu desejo para mim, quem eu serei, quais serão meus companheiros de jornada e que desafios me esperarão. Amores, tristezas, batalhas.
o tempo passa e eu percebo que não tenho medo de ir pra frente, mas sim de deixar pra trás. Tanto que já deixei e tanto que ainda deixaria, suspeito que em minha confusão de quase uma vida perdi muito. Ou, ao menos, deixei de ganhar. Tanto que quero recuperar, procurar não o que deixei passar, mas sim uma rede com furos pequenos o suficiente para nada mais passar sem antes eu vislumbrar.
eu quero ser feliz, aprender e viver. Se para isso eu preciso ser triste realmente não sei. Enquanto isso, vou vivendo para descobrir o que é estar vivo.


xxx

Meus últimos dias foram recheados de novidades, algumas boas, outras péssimas. Todas associadas a sentimentos bastante fortes. Foram dias importantes pra mim e que provavelmente eu carregarei na memória por mais algum tempo antes de guardá-los na minha caixa de memórias do peito.
uma das novidades me deixou muito triste. Não foi, como eu achava que seria, uma perda. Não foi um caminho que sumiu. Foram dois que surgiram. Se eles se encontrarão novamente num futuro próximo ou distante não sei, mas isso já não é mais importante. É, sim, que ambos passem pela felicidade em seu caminho pro mundo.
outra veio em vários idiomas e foi muito melhor do que eu queria. Não do que eu esperava, mas sim do que eu queria. Em algum ponto maligno do meu ser eu gostaria de detestar alguém, mas não é isso possível quando não há o que ser detestado. O mundo está cheio de seres surpreendentes, mesmo que eles passem apenas algumas horas na nossa vida.
outra passou muito mais que apenas algumas horas, tem passado meses, e mesmo assim continua com o mesmo sabor de novidade, o mesmo prazer de descoberta, a mesma aventura de amar.
nham ^^


xxxxx

Fiz minha matrícula na faculdade.
e escolhi sete cadeiras de 4 créditos cada.
primeiro semestre foram 20 créditos, segundo 24, terceiro ao quinto 28.
sete cadeiras de 4 créditos cada no sexto semestre: 28.
esse número me persegue, nhai
pelo menos todas minhas tardes estarão livres para serem ocupadas com trabalho ^^

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Até que ponto eu tenho o direito - dever? - de pôr o meu dedinho na vida dos outros?

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Eu sinto saudade.
não gosto de senti-la.
tê-la significa que estou longe
daquilo que amo.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Sobre o ser normal

Eu não sei se entendo como o mundo funciona. Estou, nesse momento, tentando encontrar algum elemento que possa ser apontado como universalmente normal. Que todos os seres humanos, independente de cor ou crença, tenham em comum. Ser humano é uma delas: respirar, comer, beber. Eventualmente, pensar. Até aí vão as características que consigo encontrar para servirem como desenho padrão do que é ser um humano.
porém, existe a cultura. No Japão o branco representa a cor de luto, enquanto nos Estados Unidos e no Brasil a cor utilizada para passar a mesma mensagem é o preto. Em alguns lugares, o roxo é símbolo de majestade, símbolo de poder. O verde pode significar esperança, mas também siga. O vermelho pode ser tanto pare como amor, paixão, tesão. E aí?
podemos isolar grupos de acordo com padrões. Certo, isso já foi feito, os países e os estados (ou distritos ou regiões) e cidades e bairros e famílias cumprem essa função. Assim conseguimos isolar a gama de significados de determinados símbolos e possibilitar uma comunicação mais eficaz entre os membros de um mesmo grupo. Suponhamos que esse grupo seja a Pequena Ervilha: Porto Alegre. Vários grupos coexistem nesse espaço ao mesmo tempo, com padrões diferentes entre si. É possível vermos na rua um roqueiro de shopping conversando com um hippie e sendo observado por uma patricinha. Terão eles a mesma opinião sobre o que é normal?
esse ainda é um raciocínio inicial, não tenho bem certeza do que estou dedilhando aqui. O que mais me parece, porém, é que não há normal. Já que normal pressupõe uma aceitação geral, o normal seria alterado a cada lugar que estivéssemos, a cada grupo de pessoas que nos circunda. Sei que existe uma resposta melhor que essa, em algum lugar. Se alguém souber, grita.


xxxx


O papel da universidade é ensinar, não vender diplomas.
o papel do aluno é alcançar a luz, não comprar lâmpadas.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Todos nós precisamos de um propósito. Como os que acompanham a Raposa Antropomórfica ^^ nas suas voltas por aí sabem, estou de férias. E, assim, não tenho absolutamente nada a fazer, nada que peça minha dedicação constante e sustentada.
não ter nada pra fazer, naturalmente, é uma escolha. Sempre é. Eu tenho amigos que estão numa situação no mínimo parecida, e também conheço os horários e locais de trabalho dos que não estão. Não posso negar, então, que ficar em casa reclamando da vida é uma escolha.
posso ler, tenho muitos livros esperando meus olhos. Posso pesquisar na internet, estudar, me informar, ver televisão, baixar vídeos e seriados, baixar revistas, aprimorar minhas habilidades com certos programas, escrever, conversar, sair, beber com os amigos, voltar altas horas da madrugada, assaltar e ser assaltado, comer, cozinhar, tentar.

Todos nós precisamos de um propósito.
conseguir um emprego, recuperar um amigo, corrigir um problema, ficar com 14m de bíceps. Se não tivermos um propósito real, ao qual realmente damos valor, jamais sairemos do lugar. E passaremos as férias sem fazer nada, por exemplo, já que não temos pelo que fazer essas coisas.
sorte de todos nós que nosso propósito pode ser uma pessoa.
sorte dos narcisos que esssa pessoa pode ser nós mesmos.
não é o meu caso.
ainda bem.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Anjo

Alguns anos atrás eu escrevi uma história chamada A Teoria dos Anjos. Uma típica história de romance adolescente, com personagens simples e situações novelescas. Um dos personagens criava uma teoria, a partir da qual deveria simplesmente ajudar outra pessoa. Essa pessoa, por sua vez, seria o anjo de uma outra. Algo como uma corrente do bem.
hoje eu estava relendo dois contos antigos meus dos quais eu gosto bastante, e me diverti notando a ingenuidade com a qual eu os construí. Não sei se hoje conseguiria fazê-los tão simples e, mesmo assim, divertidos. Não li novamente ainda a Teoria, e tenho algum medo de pensar que a história que já considerei minha obra prima não seja nada muito diferente que um texto fraco de um adolescente pretensioso. Quatro anos atrás eu a defenderia bravamente, mas hoje não tenho muitas esperanças para o seu futuro.

Anjos.
eu não sou católico, não sou budista, não sou wiccan. E, apesar de eu muitas vezes me referir a deuses e a Narradores da minha história, também não sou muito tentado a acreditar em destino. Isso dificulta muito acredita que "tudo acontece por uma razão", embora essa seja a forma mais elegante que eu consiga imaginar para explicar o mundo.
as razões pelas quais as coisas acontecem não são, de forma alguma, desígnios lidos por um homem cego que carrega um livro por labirintos infinitos. Creio que tudo acontece por uma razão porque nós criamos essas razões. Um amor no nosso caminho só o é quando o aceitamos, quando o encaramos, quando o vivemos. Não há livro do destino que possa indicar isso.

Livros, contos, histórias.
acho que perdi minha fé na capacidade de escrever a partir do momento que percebi que minha vida não pode ser controlada por mim mesmo. Existe um mundo inteiro fora de mim, imune aos meus apelos mais sinceros. Como eu posso me investir da arrogância dos escritores e planejar aventuras e peripécias para personagens também criados por mim?
vivendo.
todo escrito é uma tradução de nós mesmos, então o que eu puder escrever será um pedaço de mim que poderei trazer para o mundo.

Tenho pensado muito ultimamente em salvar o mundo.
e, mais ainda, em quem estará aí para me salvar.
eu poderia citar alguns nomes que acredito serem fortes candidatos, alguns dos quais podem ser claramente indicados como anjos só pelo que já fizeram na minha vida.



Ficar de férias tanto tempo é perigoso, eu começo a procurar perguntas para minha vida.
o que me enche de vontade de achar as respostas.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Blogando

Dia desses uma amiga que eu não via já tinha algum tempo (um mês inteiro?) e ela comentou que leu algo no meu blog e passsamos a conversar sobre isso. O que é engraçado, uma vez que eu sempre pensei no blog como uma espécie de psicólogo, um lugar onde eu pudesse escrever e, eventualmente, ter retorno às minhas letras. Esse retorno poderia ser tanto comentários de outras pessoas quanto a noção que eu crio a partir da leitura de minhas próprias palavras. Sempre considerei mais fácil pensar sobre mim mesmo escrevendo.
eis que ela comenta, pessoalmente, algo que me aconteceu e que eu havia escrito no blog, mas não tivera ainda a oportunidade (mentira, oportunidades se criam à vontade, ignorem essa parte) de contá-la. E isso me deixa pensando se a real função do blog não é simplesmente manter meus amigos sabendo o que acontece comigo. Todos eles podem ler a Raposa Antropomórfica ^^ e ver o que ando escrevendo ou pensando.
concordo que nada substitui uma verdadeira conversa. Esses tempos, ainda com a mesma amiga, nos paramos a falar do diário dela. Ela falou que ninguém poderia lê-lo, eu perguntei por quê. Então ela falou algo tão puramente óbvio: "não que ninguém possa ler, se quiser, é só pegar... Mas eu prefiro que me perguntem ao invés que leiam sobre mim".
isso me traz ao contraponto da vantagem principal do blog: enquanto ele é uma ótima ferramenta para dar aos seus amigos informações sobre você, ele só cumpre essa função quando os amigos estão longe o suficiente para não poderem perguntar isso diretamente com uma frequência minimamente agradável.


Ultimamente eu ando numa fase "o que eu quero ser daqui pra frente". De novo ^^
hoje eu estava arrumando algumas gavetas, separando alguns materiais e livros que quero ler ou reler antes que minhas aulas recomecem. Descobri que eu continuo querendo - e ainda mais - aprimorar minhas capacidades nos seis idiomas que já tive algum estudo nessa vidinha: português, inglês, espanhol, francês, alemão e japonês. Listados da ordem do falo, leio, ouço e escrevo até finjo que falo e que leio. Ah, meu peito está estufado agora, algo do tipo "eu tenho uma lista de seis idiomas". Nem se enganem, eu mal e mal arranho qualquer coisa fora do inglês ^^
encontrei três fotos minhas da época que eu parecia uma estátua cravejada de rubis. No lugar da pedra, pele. Dos rubis, espinhas. Engraçado como o tempo e a memória fazem parecer que as coisas ruins eram muito piores do que na realidade. Pelo menos as coisas boas seguem o mesmo rumo.
várias coisas foram pro lixo.


Quero tirar fotos. Descobri - ou confirmei - que além de palavras, fotos também servem para guardar momentos especiais e devem ser feitas sem pudor. Ou com pudor, mas sem reservas. Ou com reservas, mas sem travas. Ah, enfim, fotos à vontade.

Feliz

Ainda estou muito feliz.

Sabem, cheguei a uma conclusão legal sobre o que eu quero para o meu futuro. Desejo ter um emprego que me dê dinheiro suficiente para viver o que busco, um mercado onde eu possa comprar os ingredientes para o jantar, um lugar que eu chame de lar e possa descansar junto dos que amo, alguns lugares para sair num dia durante a noite, talvez até mesmo um carro.
eu quero uma vida. E estou tão feliz que eu já tenho uma e só preciso lutar para torná-la cada vez melhor e melhor. É, realmente "ótimo" nunca é demais.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

orgulho

A cada dia que passa eu tenho mais certeza que orgulho é algo que só existe pra me atrapalhar.
pra ser orgulhoso de quem eu sou, primeiro eu tenho que ser alguém ^^

E estou plenamente feliz de, uma vez na vida, ter conseguido deixar meu orgulho de lado e colocar meu coração a falar no lugar.

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

Eu

Ontem eu cruzei uma linha que nunca havia sido exatamente definida, mas que sempre esteve ali. Cruzei a linha com palavras raivosas e machuquei alguém que não merecia ser machucado. Ao mesmo tempo, machuquei a mim mesmo.
por outro lado, aprendi. Seria interessante considerar que todo aprendizado é bem vindo. E é importante lembrar que nós só aprendemos com a experiência. Porém, com todas minhas forças eu gostaria que o tempo voltasse e me permitisse ouvir os conselhos que me foram dados.
não há o que eu possa dizer que justifique, por mais que eu possa explicar. Conheço as razões, sei o que me levou a brandir a espada tão selvagemente. Nada, porém, vai diminuir o fato de eu tê-la empunhado. Não há desculpa que leve o sangue de volta à ferida.

Enquanto eu puder, porém, vou lutar pra que isso não ocorra novamente.
aprendi, mesmo que o preço tenha sido alto. Talvez alto demais.

Mais do que isso: vou lutar para consertar meu erro. Se existir uma forma, vou encontrá-la. Se não, não descansarei enquanto não tentar tudo que estiver ao meu redor. Oh, que heróico.
a quem estou enganando? No momento eu estou com tanto medo de perder aquilo que conquistei ao longo de um grande tempo que nem sei mais o que fazer. Só sei que não quero perder, e não por simplesmente gostar do que eu tinha. Sim por saber que tê-lo me faz uma pessoa melhor.
até alguns velhos e esquecidos rios voltaram a correr.
é amor o nome que dão a isso, não é?
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