terça-feira, fevereiro 26, 2008
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Terça que parece sexta
Acordei hoje com a sensação de que é sexta. Nada me convence do contrário, exceto o poderoso calendário. Será que em algum mundo paralelo as sextas são terças?
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Corpo
Caí da moto hoje na aula e não consegui levantá-la, de tão pesada que é. O correto é dizer que a moto caiu de mim, já que eu tinha apenas freiado por algum motivo que agora não lembro qual. Não conseguir levantar uma moto – não faço idéia do peso – me pareceu um bocado humilhante.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
200
Feliz duzentos posts, ó Raposa Antropomórfica ^^
xxxx
Eu sou daqueles que acreditam que é possível encontrar alguma coisa boa em tudo. Não importa a tragédia, depois de algum tempo se encontra algo que valeu o custo. Está certo que esta visão é meio determinista e agarrada a ferramentas abstratas como destino ou forças superiores ("ah, se aconteceu, é porque precisávamos de uma lição"), mas ela também pode servir de otimismo feliz. Esse talvez seja meu maior problema: eu acredito.
xxxx
Esse ano será voltado a conclusões. Algumas conquistas precisam ser comtempladas com alguma urgência, e pretendo dar forma a elas ao longo de 2008.
A primeira e mais óbvia é a formatura na universidade. Serei um graduado em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Acho que ontem ainda eu diria "grande coisa", balançando os ombros e desdenhando. Pois não faz sentido. Deficiente ou não, a graduação é o primeiro passo rumo a algo maior. É uma conquista que a maior parte das pessoas jamais alcançará. Heh, quando eu era menor eu queria ser o melhor, eu queria ser famoso, eu queria tudo. Ao longo do ensino médio e, depois, da faculdade, eu percebi que ser o melhor é difícil; só é fácil se destacar entre pessoas que não se destacam.
Até o final do ano terei um emprego. Carteira assinada, salário razoável, uma função que não me desgoste de todo. Isso é promessa de campanha e eu pretendo cumprir: não desistirei de alcançar uma posição que me agrade e que me permita buscar minhas esperanças. Esse emprego pode muito bem ser um cargo de servidor público. Ah, enfrentar milhares de candidatos em concurso e possivelmente gastar dinheiro não passando em vários? Dane-se, eu estou aqui para tentar e só me destacarei se me esforçar. Não chegarei a lugar algum simplesmente chorando que não sou mais o melhor. Ou fingindo ainda ser.
(uma pausa... sempre que eu escrevo aqui na Raposa Antropomórfica eu tenho vontade de chorar... é estranho, como se eu estivesse abrindo algumas janelas para quartos realmente escuros... que venha o sol)
Meu próprio canto para morar é outro dos meus objetivos, e momentaneamente o mais complicado de ser realizado. Um apartamento custa muito mais caro do que posso pagar atualmente, e não tenho perspectivas de juntar o dinheiro necessário até janeiro de 2009. Ainda assim, não desistirei dos meus planos de emancipação. Talvez eu compre uma moto para me auxiliar no processo de liberdade e para circular pela cidade enquanto não tenho um lugar para ficar parado. Minha casa eu amo, mas preciso das minhas asas e de um ninho que seja só meu.
Outro ponto, last but not least, é o meu retorno às letras. Como é engraçado que no segundo grau meus colegas – os que eu conversava com, pelo menos – sabiam que eu era, ou queria ser, um escritor, e hoje ninguém mais sabe. Alguns sabem, mas que provas eles têm, se eu estou com minha imaginação encerrada apenas à minha cabeça? Devo expandir esses limites, ou do contrário minhas histórias serão nada mais que sonhos particulares. Isso não quero. Anseio pelo retorno à literatura.
Parar de escrever foi muito dolorido para mim, apesar de ter acontecido lentamente. Não sei bem como aconteceu, foi um misto de desilusão e de "meu texto não é bom o bastante". Minha última tentativa de escrita não foi exatamente uma criação literária; está muito mais para uma liberação de idéias sem muito refino.
Preciso definir um estilo para minha prosa. Estou em dúvida se escrevo sobre fantasia ou sobre pessoas. Fantasia é um tema que muito me agrada, mas sinto-me pequeno quando leio os grandes escritores do gênero. Escrever sobre vidas quase-reais me agrada muito, especialmente por poder colocar minhas idéias e crenças nos textos, criando algo mais próximo da minha existência. Sim, eu sei que não preciso escolher apenas um deles, mas não queria recomeçar a escrever com vários projetos simultâneos, sob o risco de deixá-los se apagar sem maiores desenvolvimentos.
Músicas. Não sei explicar a razão de eu associar o som a algumas experiências particularmente importantes da minha vida. Algumas vezes a ligação vem de eu ter descoberto as canções/bandas na época dos fatos, n'outras é um momento em que a música esteve presente e que ficou gravado na memória.
Eu quero mais e mais momentos para gravar com a memória. Como diria uma pessoa que eu aprendi a escutar com atenção: um escritor vive das suas experiências para escrever, e se ele não viver, não poderá criar.
Acho que estou voltando às músicas tristes. Isso me deixa paradoxalmente feliz.
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Eu sou daqueles que acreditam que é possível encontrar alguma coisa boa em tudo. Não importa a tragédia, depois de algum tempo se encontra algo que valeu o custo. Está certo que esta visão é meio determinista e agarrada a ferramentas abstratas como destino ou forças superiores ("ah, se aconteceu, é porque precisávamos de uma lição"), mas ela também pode servir de otimismo feliz. Esse talvez seja meu maior problema: eu acredito.
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Esse ano será voltado a conclusões. Algumas conquistas precisam ser comtempladas com alguma urgência, e pretendo dar forma a elas ao longo de 2008.
A primeira e mais óbvia é a formatura na universidade. Serei um graduado em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Acho que ontem ainda eu diria "grande coisa", balançando os ombros e desdenhando. Pois não faz sentido. Deficiente ou não, a graduação é o primeiro passo rumo a algo maior. É uma conquista que a maior parte das pessoas jamais alcançará. Heh, quando eu era menor eu queria ser o melhor, eu queria ser famoso, eu queria tudo. Ao longo do ensino médio e, depois, da faculdade, eu percebi que ser o melhor é difícil; só é fácil se destacar entre pessoas que não se destacam.
Até o final do ano terei um emprego. Carteira assinada, salário razoável, uma função que não me desgoste de todo. Isso é promessa de campanha e eu pretendo cumprir: não desistirei de alcançar uma posição que me agrade e que me permita buscar minhas esperanças. Esse emprego pode muito bem ser um cargo de servidor público. Ah, enfrentar milhares de candidatos em concurso e possivelmente gastar dinheiro não passando em vários? Dane-se, eu estou aqui para tentar e só me destacarei se me esforçar. Não chegarei a lugar algum simplesmente chorando que não sou mais o melhor. Ou fingindo ainda ser.
(uma pausa... sempre que eu escrevo aqui na Raposa Antropomórfica eu tenho vontade de chorar... é estranho, como se eu estivesse abrindo algumas janelas para quartos realmente escuros... que venha o sol)
Meu próprio canto para morar é outro dos meus objetivos, e momentaneamente o mais complicado de ser realizado. Um apartamento custa muito mais caro do que posso pagar atualmente, e não tenho perspectivas de juntar o dinheiro necessário até janeiro de 2009. Ainda assim, não desistirei dos meus planos de emancipação. Talvez eu compre uma moto para me auxiliar no processo de liberdade e para circular pela cidade enquanto não tenho um lugar para ficar parado. Minha casa eu amo, mas preciso das minhas asas e de um ninho que seja só meu.
Outro ponto, last but not least, é o meu retorno às letras. Como é engraçado que no segundo grau meus colegas – os que eu conversava com, pelo menos – sabiam que eu era, ou queria ser, um escritor, e hoje ninguém mais sabe. Alguns sabem, mas que provas eles têm, se eu estou com minha imaginação encerrada apenas à minha cabeça? Devo expandir esses limites, ou do contrário minhas histórias serão nada mais que sonhos particulares. Isso não quero. Anseio pelo retorno à literatura.
Parar de escrever foi muito dolorido para mim, apesar de ter acontecido lentamente. Não sei bem como aconteceu, foi um misto de desilusão e de "meu texto não é bom o bastante". Minha última tentativa de escrita não foi exatamente uma criação literária; está muito mais para uma liberação de idéias sem muito refino.
Preciso definir um estilo para minha prosa. Estou em dúvida se escrevo sobre fantasia ou sobre pessoas. Fantasia é um tema que muito me agrada, mas sinto-me pequeno quando leio os grandes escritores do gênero. Escrever sobre vidas quase-reais me agrada muito, especialmente por poder colocar minhas idéias e crenças nos textos, criando algo mais próximo da minha existência. Sim, eu sei que não preciso escolher apenas um deles, mas não queria recomeçar a escrever com vários projetos simultâneos, sob o risco de deixá-los se apagar sem maiores desenvolvimentos.
Músicas. Não sei explicar a razão de eu associar o som a algumas experiências particularmente importantes da minha vida. Algumas vezes a ligação vem de eu ter descoberto as canções/bandas na época dos fatos, n'outras é um momento em que a música esteve presente e que ficou gravado na memória.
Eu quero mais e mais momentos para gravar com a memória. Como diria uma pessoa que eu aprendi a escutar com atenção: um escritor vive das suas experiências para escrever, e se ele não viver, não poderá criar.
Acho que estou voltando às músicas tristes. Isso me deixa paradoxalmente feliz.
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
Coisas que poderiam ter sido ditas com um sorriso (ou algo parecido)
Então, hoje o dia foi realmente diferente dos anteriores. Ignorem o parágrafo único, não estou a fim de fazer uma grande divisão.
Acredito que a principal mudança tenha sido a minha aula de moto. É isso aí, raposa agora sobre duas rodas. O resultado dessa primeira aventura são dois braços e uma nuca ardendo de queimadura, já que o sol estava explodindo lá naquele céu azul e eu não tive a brilhante idéia de me proteger. Fora isso, tem o estudo para o concurso do INSS. Pagar a inscrição e comprar uma apostila de 950 páginas não foi complicado. Pegar esse material e estudá-lo de cabo a rabo, ler e reler, analisar leis idiotas e questões que são criadas para tapear os candidatos: essas são minhas missões atualmente. A prova é dia 16 (ou 12?) de março e até agora eu estou bastante perdido entre previdência social, lógica e língua portuguesa, pra citar o mínimo. Minha vó continua no hospital aprontando todas, como sempre. Já que não quer ficar lá, é dever de todas as enfermeiras ouvir suas reclamações e dar a ela o que ela deseja e quando ela quiser, independente das ordens dos médicos ou de quem for. Hoje ela ligou e disse para estarmos preparados para, no horário da visita, levá-la de volta pra casa. Simples assim, ela cansou de ficar no hospital. Encontrei uma foto de algum tempo atrás. Creio que ela deve ser do segundo grau, um tempo em que eu tenho quase nenhuma foto de lembrança. Deu saudade não da vida naquela época, mas sim das minhas ambições e desejos. Eu os deixei em algum lugar do caminho e estou com medo de deixá-los continuar lá atrás.
Eu já estava com saudade do meu lado canceriano. Hoje ele bateu forte. Vontade de ficar deitado, agarrado no meu travesseiro, só pensando em sonhos. Um cafuné seria bem vindo, também, mas não é obrigatório. Eu achava que 2007 seria um ano de incertezas, mas não foi. Foi mais uma continuação das coisas boas de 2006. Os testes que eu estava esperando demoraram e só vieram agora, quando eu já não imaginava que eles viriam.
Sofra, mortal.
Acredito que a principal mudança tenha sido a minha aula de moto. É isso aí, raposa agora sobre duas rodas. O resultado dessa primeira aventura são dois braços e uma nuca ardendo de queimadura, já que o sol estava explodindo lá naquele céu azul e eu não tive a brilhante idéia de me proteger. Fora isso, tem o estudo para o concurso do INSS. Pagar a inscrição e comprar uma apostila de 950 páginas não foi complicado. Pegar esse material e estudá-lo de cabo a rabo, ler e reler, analisar leis idiotas e questões que são criadas para tapear os candidatos: essas são minhas missões atualmente. A prova é dia 16 (ou 12?) de março e até agora eu estou bastante perdido entre previdência social, lógica e língua portuguesa, pra citar o mínimo. Minha vó continua no hospital aprontando todas, como sempre. Já que não quer ficar lá, é dever de todas as enfermeiras ouvir suas reclamações e dar a ela o que ela deseja e quando ela quiser, independente das ordens dos médicos ou de quem for. Hoje ela ligou e disse para estarmos preparados para, no horário da visita, levá-la de volta pra casa. Simples assim, ela cansou de ficar no hospital. Encontrei uma foto de algum tempo atrás. Creio que ela deve ser do segundo grau, um tempo em que eu tenho quase nenhuma foto de lembrança. Deu saudade não da vida naquela época, mas sim das minhas ambições e desejos. Eu os deixei em algum lugar do caminho e estou com medo de deixá-los continuar lá atrás.
Eu já estava com saudade do meu lado canceriano. Hoje ele bateu forte. Vontade de ficar deitado, agarrado no meu travesseiro, só pensando em sonhos. Um cafuné seria bem vindo, também, mas não é obrigatório. Eu achava que 2007 seria um ano de incertezas, mas não foi. Foi mais uma continuação das coisas boas de 2006. Os testes que eu estava esperando demoraram e só vieram agora, quando eu já não imaginava que eles viriam.
Sofra, mortal.
segunda-feira, fevereiro 11, 2008
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