Sim, puristas, eu sei que esta quinta-feira não foi o último feriado do ano, mas para todos que estudam e/ou trabalham em dias úteis foi. Até 2009 passaremos sem pequenos intervalos de existência nas semanas, segunda a sexta fazendo o que fazemos sempre.
Isso não é exatamente ruim, e ainda menos para mim, que semestre que vem terei apenas a monografia para cuidar. Talvez eu faça uma ou outra cadeira como Curso Dois, ou seja, estudos de outro currículo, a fim de complementar o meu.
Neste semestre eu pensei em fazer cadeiras na Letras, mas minha experiência atual com História das Literaturas está sendo suficientemente decepcionante para me afastar da idéia. Por outro lado, meu atual namoro com o design gráfico e as artes visuais estão me deixando com vontade de saborear o Instituto de Artes e a Faculdade de Arquitetura.
Essas questões são engraçadas. Eu sempre tive, em muitos aspectos, inveja das pessoas capazes de determinar seu futuro e seguir um único caminho a vida inteira. Por outro lado, viver o mundo e experimentar de tudo também me agrada.
Cá entre nós, consoante com o post de ontem, a idéia de conhecer mais do mundo me agrada tanto que o pensamento no bolso algumas vezes fica em segundo plano. O problema é que eu não quero para sempre deixar o dinheiro para depois, já que o depois algumas vezes vira o agora.
Seria mais fácil ganhar algum prêmio milionário e nunca mais me preocupar com dinheiro, viver minha vida da maneira mais gostosa que eu conseguisse pensar. Ah, doce sonho da Megassena...
quinta-feira, maio 22, 2008
quarta-feira, maio 21, 2008
Designer de textos?
Eu ainda tenho dúvidas sobre o que me trouxe ao jornalismo. É muito fácil acreditar que eu queria ser como o Tintin, do Hergé, e viver aventuras pelo mundo desvendando mistérios e enfrentando perigos. De certa forma, isso seria compatível com a vontade de ser arqueólogo e viver templos antigos e lugares abandonados e cheios de armadilhas.
Quando pequeno eu queria muito saber desenhar. Por mais que eu tentasse, entretanto, nunca conseguia sair dos desenhos de super-palito, que são um bocado limitados quando se deseja construir uma história mais complexa do que aventuras de super-heróis super-poderosos. Eu atribuo à minha incapacidade de desenhar o fato de ter começado a escrever. Se não poderia manifestar visualmente minhas histórias, pelo menos elas seriam convertidas através das palavras em algo que pudesse fazer os outros verem o que eu vejo.
Desde pequeno, portanto, eu me acredito um escritor. E, talvez por excesso de estímulos, um bom escritor. Tenho certa competência natural para usar as palavras, o que é uma ironia em pensar que escrever pode ser, no fim (ou início?) das contas uma alternativa.
Tanto escrever literatura quanto fazer jornalismo possuem uma exigência em comum: a necessidade da experiência. O jornalista não pode reportar senão em virtude de algo que aconteceu com ele ou com alguém. Os dados que ele junta e coordena para produzir (ou montar, dependendo do autor a quem nos filiamos) as notícias vêm de um passado, de uma experiência prévia que está sendo traduzida em jornal. O mesmo com escritor: para dar partida ao seu mundo de imaginação, ele precisa trabalhar aquilo que está dentro dele, sua vida se converte em arte.
Do jornalismo já desisti, talvez por ter notado que o crescimento do texto não está obrigatoriamente associado com a vida de repórter. Não posso desistir, porém, da experiência, de viver o mundo, ouvir e observar histórias que farão parte de mim e, depois, transformar-se-ão em literatura.
O curioso nessa vida é que, tendo desejado ser desenhista, eu hoje trabalho com editoração eletrônica, design gráfico ou qualquer outro sinônimo. Terei eu chegado num ponto de confluência entre o texto e a imagem, por conta de aptidão e desejo?
Quando pequeno eu queria muito saber desenhar. Por mais que eu tentasse, entretanto, nunca conseguia sair dos desenhos de super-palito, que são um bocado limitados quando se deseja construir uma história mais complexa do que aventuras de super-heróis super-poderosos. Eu atribuo à minha incapacidade de desenhar o fato de ter começado a escrever. Se não poderia manifestar visualmente minhas histórias, pelo menos elas seriam convertidas através das palavras em algo que pudesse fazer os outros verem o que eu vejo.
Desde pequeno, portanto, eu me acredito um escritor. E, talvez por excesso de estímulos, um bom escritor. Tenho certa competência natural para usar as palavras, o que é uma ironia em pensar que escrever pode ser, no fim (ou início?) das contas uma alternativa.
Tanto escrever literatura quanto fazer jornalismo possuem uma exigência em comum: a necessidade da experiência. O jornalista não pode reportar senão em virtude de algo que aconteceu com ele ou com alguém. Os dados que ele junta e coordena para produzir (ou montar, dependendo do autor a quem nos filiamos) as notícias vêm de um passado, de uma experiência prévia que está sendo traduzida em jornal. O mesmo com escritor: para dar partida ao seu mundo de imaginação, ele precisa trabalhar aquilo que está dentro dele, sua vida se converte em arte.
Do jornalismo já desisti, talvez por ter notado que o crescimento do texto não está obrigatoriamente associado com a vida de repórter. Não posso desistir, porém, da experiência, de viver o mundo, ouvir e observar histórias que farão parte de mim e, depois, transformar-se-ão em literatura.
O curioso nessa vida é que, tendo desejado ser desenhista, eu hoje trabalho com editoração eletrônica, design gráfico ou qualquer outro sinônimo. Terei eu chegado num ponto de confluência entre o texto e a imagem, por conta de aptidão e desejo?
terça-feira, maio 20, 2008
Terçando
Não termino o dia com o melhor dos humores. Estou meio chateado com o modo como as coisas procederam hoje de noite, apesar de ter gostado de vários pontos do dia. Por que justamente aquilo que a gente mais quer que seja boa é o que mais nos tira do sério? Por que eu não consigo simplesmente abstrair as irritações e viver blasé?
Nhai ai, tantos projetos, tantas possibilidades.
Odeio escolhas heheh
Nhai ai, tantos projetos, tantas possibilidades.
Odeio escolhas heheh
segunda-feira, maio 19, 2008
Gabarito 2
Por que as pessoas são como são? Hoje num ônibus vinha um cara falando de tudo que ele estava fazendo para que determinada moça notasse que as palavras dela numa conversa anterior não tinham feito nenhuma diferença para ele. O mais estranho no discurso é que ele parecia acreditar no que dizia.
Portanto, ou ele é um baita mentiroso, ou um grande ingênuo.
Ao som de We Oh We, dos Hidden Cameras, corrigi minha prova do concurso da UFRGS com o gabarito preliminar lançado na internet pela FAURGS. Trinta e seis respostas certas de cinqüenta. Pelo menos duas são um bocado controversas, mas para fazer diferença positiva para mim deveriam ser quatorze. Portanto, danou-se história de virar servidor público. Quem sabe agora que a aventura acabou eu consiga me concentrar em algo de fato produtivo.
Sim, eu estou frustrado. Não vou ficar tentando me convencer do contrário, até porque sou bem capaz de conseguir. Não gostei de fazer mal e mal 70% da prova, não gostei de ter exaurido um mês da minha vida numa empreitada que não me deu nenhum retorno imediato. Estou quase furioso com os erros trouxas que cometi na prova.
Domingo, quando cheguei em casa, tive um tanto de vontade de chorar. Hoje no serviço uma colega que também fez a prova disse que já havia chorado, esperneado, gritado, se corroído, e que então estava pronta para continuar por aí. Eu, do meu jeito, internalizei e agora estou colocando para fora e dizendo o que eu realmente queria. Entenda-se: um serviço que me garantisse um trabalho legal, um salário decente e um tempo livre suficiente para viver minha vida e meus desejos.
Hoje eu passei o dia em extremo bom humor. Estou gostando muito da minha vida, apesar desses recorrentes fracassos. Meu lado canceriano, contudo, não quer mais deixar meus dias em alegre, e que ele seja bem vindo! Estou cansado de só ver o mundo feliz.
A aula do Curso Formação Histórica da Cultura Ocidental – Momentos Decisivos, por Voltaire Schilling hoje teve seu segundo encontro e foi tão legal quanto o primeiro. Havia mais gente no auditório e o palestrante parecia ainda mais concentrado do que na segunda-feira passada. Bem legal aprender sobre as tragédias gregas, seus significados e algumas das suas aplicações e levantamentos que temos até hoje como companhia inconsciente.
Schilling também falou sobre o significado da palavra História: pesquisa e investigação. O rompimento grego com os mitos e a adoção de relatos factuais como parâmetro do estudo da cultura. Esse estudo foi extremamente facilitado, senão possibilitado, pela aprendizado do alfabeto fenício, que tirou dos sacerdotes o domínio sobre a escrita e leitura, auxiliando o processo de mudança da tirania para a democracia grega.
Eis que surgiu uma pergunta na minha cabeça: os sacerdotes perderam o domínio da palavra com a adoção do alfabeto fenício. O que acontece, porém, com a passagem da Idade das Trevas, quando a Igreja perde o controle sobre o conhecimento científico e filosófico, a leitura e a produção editorial sendo expandida pelo mundo? Uma repetição, é isso? Ainda: quando que a Igreja puxa para si a palavra, retirando-a do trato comum, ou ela não tinha chegado a esse nível de difusão? Confuso.
Portanto, ou ele é um baita mentiroso, ou um grande ingênuo.
Ao som de We Oh We, dos Hidden Cameras, corrigi minha prova do concurso da UFRGS com o gabarito preliminar lançado na internet pela FAURGS. Trinta e seis respostas certas de cinqüenta. Pelo menos duas são um bocado controversas, mas para fazer diferença positiva para mim deveriam ser quatorze. Portanto, danou-se história de virar servidor público. Quem sabe agora que a aventura acabou eu consiga me concentrar em algo de fato produtivo.
Sim, eu estou frustrado. Não vou ficar tentando me convencer do contrário, até porque sou bem capaz de conseguir. Não gostei de fazer mal e mal 70% da prova, não gostei de ter exaurido um mês da minha vida numa empreitada que não me deu nenhum retorno imediato. Estou quase furioso com os erros trouxas que cometi na prova.
Domingo, quando cheguei em casa, tive um tanto de vontade de chorar. Hoje no serviço uma colega que também fez a prova disse que já havia chorado, esperneado, gritado, se corroído, e que então estava pronta para continuar por aí. Eu, do meu jeito, internalizei e agora estou colocando para fora e dizendo o que eu realmente queria. Entenda-se: um serviço que me garantisse um trabalho legal, um salário decente e um tempo livre suficiente para viver minha vida e meus desejos.
Hoje eu passei o dia em extremo bom humor. Estou gostando muito da minha vida, apesar desses recorrentes fracassos. Meu lado canceriano, contudo, não quer mais deixar meus dias em alegre, e que ele seja bem vindo! Estou cansado de só ver o mundo feliz.
A aula do Curso Formação Histórica da Cultura Ocidental – Momentos Decisivos, por Voltaire Schilling hoje teve seu segundo encontro e foi tão legal quanto o primeiro. Havia mais gente no auditório e o palestrante parecia ainda mais concentrado do que na segunda-feira passada. Bem legal aprender sobre as tragédias gregas, seus significados e algumas das suas aplicações e levantamentos que temos até hoje como companhia inconsciente.
Schilling também falou sobre o significado da palavra História: pesquisa e investigação. O rompimento grego com os mitos e a adoção de relatos factuais como parâmetro do estudo da cultura. Esse estudo foi extremamente facilitado, senão possibilitado, pela aprendizado do alfabeto fenício, que tirou dos sacerdotes o domínio sobre a escrita e leitura, auxiliando o processo de mudança da tirania para a democracia grega.
Eis que surgiu uma pergunta na minha cabeça: os sacerdotes perderam o domínio da palavra com a adoção do alfabeto fenício. O que acontece, porém, com a passagem da Idade das Trevas, quando a Igreja perde o controle sobre o conhecimento científico e filosófico, a leitura e a produção editorial sendo expandida pelo mundo? Uma repetição, é isso? Ainda: quando que a Igreja puxa para si a palavra, retirando-a do trato comum, ou ela não tinha chegado a esse nível de difusão? Confuso.
domingo, maio 18, 2008
Gabarito
Ah, acabou hoje às 11h30. Depois do dinheiro gasto em inscrição e material para o concurso do INSS, no início do ano, e agora com o curso no CETEC e a a prova na manhã deste domingo, finalmente se encerra minha fase concurseira deste semestre. É um compromisso comigo: não prestarei concurso novamente até que eu tenha concluído meus estudos na graduação e, dependendo de como e onde eu for parar, no futuro também. Foi certamente um erro eu misturar minhas prioridades de estudo com as chances de um futuro razoavelmente garantido e potencialmente acomodado.
Em tempo, acho que fiz 42 das 50 questões, passando por alto o olho na prova aqui em casa. Isso certamente não é bom o bastante para uma aprovação frente a 17 mil candidatos, mas ainda assim me deixa de alguma forma orgulhoso.
Estou voltando para uma série de coisas agora que acabou minha correria insana de estudos noturnos. Uma delas é a raposa antropomórfica ^^, tão abandonada neste período. Sempre fica uma saudade de escrever minhas considerações para o mundo, e hoje recebi um estímulo na forma de comentário, então fiquei ainda com mais vontade e sabor de escrever!
De volta, pois então.
Amanhã falo, se tiver tempo, sobre o Curso Formação Histórica da Cultura Ocidental. Agora, voltarei aos meus trabalhos de freelancer.
Ah, freelancer.
Essa palavra tem um charme todo especial pra mim. Adoraria ter quilos de trabalho todos os dias para poder me dedicar inteiramente à arte freelancer heheheh. Quem sabe um dia?
Em tempo, acho que fiz 42 das 50 questões, passando por alto o olho na prova aqui em casa. Isso certamente não é bom o bastante para uma aprovação frente a 17 mil candidatos, mas ainda assim me deixa de alguma forma orgulhoso.
Estou voltando para uma série de coisas agora que acabou minha correria insana de estudos noturnos. Uma delas é a raposa antropomórfica ^^, tão abandonada neste período. Sempre fica uma saudade de escrever minhas considerações para o mundo, e hoje recebi um estímulo na forma de comentário, então fiquei ainda com mais vontade e sabor de escrever!
De volta, pois então.
Amanhã falo, se tiver tempo, sobre o Curso Formação Histórica da Cultura Ocidental. Agora, voltarei aos meus trabalhos de freelancer.
Ah, freelancer.
Essa palavra tem um charme todo especial pra mim. Adoraria ter quilos de trabalho todos os dias para poder me dedicar inteiramente à arte freelancer heheheh. Quem sabe um dia?
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