segunda-feira, maio 19, 2008

Gabarito 2

Por que as pessoas são como são? Hoje num ônibus vinha um cara falando de tudo que ele estava fazendo para que determinada moça notasse que as palavras dela numa conversa anterior não tinham feito nenhuma diferença para ele. O mais estranho no discurso é que ele parecia acreditar no que dizia.
Portanto, ou ele é um baita mentiroso, ou um grande ingênuo.

Ao som de We Oh We, dos Hidden Cameras, corrigi minha prova do concurso da UFRGS com o gabarito preliminar lançado na internet pela FAURGS. Trinta e seis respostas certas de cinqüenta. Pelo menos duas são um bocado controversas, mas para fazer diferença positiva para mim deveriam ser quatorze. Portanto, danou-se história de virar servidor público. Quem sabe agora que a aventura acabou eu consiga me concentrar em algo de fato produtivo.

Sim, eu estou frustrado. Não vou ficar tentando me convencer do contrário, até porque sou bem capaz de conseguir. Não gostei de fazer mal e mal 70% da prova, não gostei de ter exaurido um mês da minha vida numa empreitada que não me deu nenhum retorno imediato. Estou quase furioso com os erros trouxas que cometi na prova.
Domingo, quando cheguei em casa, tive um tanto de vontade de chorar. Hoje no serviço uma colega que também fez a prova disse que já havia chorado, esperneado, gritado, se corroído, e que então estava pronta para continuar por aí. Eu, do meu jeito, internalizei e agora estou colocando para fora e dizendo o que eu realmente queria. Entenda-se: um serviço que me garantisse um trabalho legal, um salário decente e um tempo livre suficiente para viver minha vida e meus desejos.
Hoje eu passei o dia em extremo bom humor. Estou gostando muito da minha vida, apesar desses recorrentes fracassos. Meu lado canceriano, contudo, não quer mais deixar meus dias em alegre, e que ele seja bem vindo! Estou cansado de só ver o mundo feliz.


A aula do Curso Formação Histórica da Cultura Ocidental – Momentos Decisivos, por Voltaire Schilling hoje teve seu segundo encontro e foi tão legal quanto o primeiro. Havia mais gente no auditório e o palestrante parecia ainda mais concentrado do que na segunda-feira passada. Bem legal aprender sobre as tragédias gregas, seus significados e algumas das suas aplicações e levantamentos que temos até hoje como companhia inconsciente.
Schilling também falou sobre o significado da palavra História: pesquisa e investigação. O rompimento grego com os mitos e a adoção de relatos factuais como parâmetro do estudo da cultura. Esse estudo foi extremamente facilitado, senão possibilitado, pela aprendizado do alfabeto fenício, que tirou dos sacerdotes o domínio sobre a escrita e leitura, auxiliando o processo de mudança da tirania para a democracia grega.
Eis que surgiu uma pergunta na minha cabeça: os sacerdotes perderam o domínio da palavra com a adoção do alfabeto fenício. O que acontece, porém, com a passagem da Idade das Trevas, quando a Igreja perde o controle sobre o conhecimento científico e filosófico, a leitura e a produção editorial sendo expandida pelo mundo? Uma repetição, é isso? Ainda: quando que a Igreja puxa para si a palavra, retirando-a do trato comum, ou ela não tinha chegado a esse nível de difusão? Confuso.

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