É estranho pensar nisso agora, mas eu já deixei de fazer muitas coisas por ter medo de até onde elas poderiam me levar. A verdade é que odeio a possibilidade de não estar à altura de algum desafio. Fugir a ele e não enfrentá-lo é o que para mim sempre se mostrou como a resposta mais fácil e segura. Nunca estive errado neste ponto.
Ontem era meia-noite quando entoquei-me embaixo das cobertas, prontos para dormir. Por volta de uma hora depois eu levantei, acendi a luz do quarto e comecei a ler. Li até o sono começar a ficar mais importante do que a leitura, e então consegui dormir.
Eu queria acordar cedo hoje, acabei levantando quase ao meio-dia. Em contrapartida, tenho certeza que li mais e aproveitei melhor meu tempo do que eu teria feito se tivesse levantado cedo hoje. É uma espécie de compensação estranha, mas hoje cheguei à conclusão de que ao invés de perder tempo tentando "me desligar" para dormir, aproveitarei esse tempo com algo útil: leitura, estudo, crescimento.
Crescimento.
Ontem, conversando com uma amiga, lembrei de diversos pontos da minha vida (sim, hoje será um post emo) que serviram de base para meu crescimento até hoje, bem como outras vezes que posso sem medo considerar quedas no meu caminho.
Nós estávamos falando sobre futuro, sobre o que queremos para nós daqui pra frente. A faculdade está acabando, não tenho mais do que um ano e meio, no máximo, pela frente. É muito pouco tempo. Por outro lado, é um espaço que não posso desperdiçar apenas esperando que ele passe, simplesmente seguindo o rio. Já passou da hora de controlar o fluxo (momento da metáfora) do rio da vida.
É estranho pensar em determinar como será minha vida nos dias futuros. Parece uma limitação auto-imposta. Difícil notar, entretanto, que essa "limitação" na verdade é uma definição de objetivos. Nada me impede de não me restringir ao que for planejado. Planos são feitos para que não caminhemos a esmo, para que possamos saber aonde vamos e do que podemos fugir. Ao mesmo tempo, planos também servem para que saibamos quando é hora de não segui-los.
Houve um tempo em que eu quis ser famoso. Quando penso nisso, acabo notando que eu não deixei, nunca, de desejar a fama. O que eu fiz foi fugir dela, porque é um desafio grande demais para que eu possa vencer. Ao menos nisso acreditei e, se bem me conheço, ainda sigo acreditando.
Eu quero, mais do que tudo, ser bom no que eu faço. Ser reconhecido por isso. Eu quero crescer.
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