terça-feira, outubro 19, 2010

Pensando na minha casa

Estava agorinha arrumando a casa. Bateu uma sensação de algo estar errado, de alguma coisa necessitar conserto. Acho que era eu. Explico. Algum tempo atrás li, em algum lugar, que havia pessoas que poderiam descrever nossa personalidade a partir da forma como nosso quarto era organizado. Nunca achei que isso fizesse muito sentido na minha realidade portoalegrense, já que meu quarto não era arrumado por mim, portanto não refletiria minha personalidade plenamente.
[Engraçado, eu não havia me dado conta que ter interferência poderia, talvez, refletir uma certa dependência minha de um contato exterior. Alguém ali para me dar a mão, comprar minhas panelas, fazer a comida. Não seria justamente essa interferência que diria mais sobre mim?]

Hoje, olhando para minha casa desarrumada, com os móveis que eu escolhi (mesmo que não 100%) e arranjei e coloquei e pensei, senti dó de mim. Se minha casa reflete minha personalidade, então estou realmente revirado. Que pessoa que não tem disposição para arrumar a própria moradia terá energias para consertar alguma coisa na própria vida?

Por isso, arrumei.
Ou comecei, ao menos. Não é algo que se faça uma vez e pronto. É daquelas tarefas que a gente leva pra vida. Porque vida é isso, não é estável, é fluxo.

Um comentário:

Vivian disse...

bah adorei a análise comparativa das realidades!
ótima conclusão :)

viva la disposición!

beijos

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