Quero uma pausa, pequenininha, na correria inacabável. Pipoca, banheiro, essas coisas.
sexta-feira, agosto 24, 2007
terça-feira, agosto 21, 2007
Futuros e sucessos
Existe uma preocupação que vem crescendo nos últimos tempos não só no meu peito – ou cabeça –, mas também nos de meus colegas. Estamos nós nos (eita cacofonia!) últimos semestres da faculdade. Desconsideremos, hoje, artigos "secundários" como amizades, experiências coletivas e aulas. O que importa no raciocínio é apenas a idéia de que a universidade, para mim, está acabando. Em breve terei meu diploma de jornalista. Daí, para onde vou?
Ninguém pode medir o sucesso de outra pessoa baseado nas próprias expectativas. Alguém que só queira ser um pescador terá todo o sucesso na vida se porventura viver pescando, enquanto um alto executivo que goste de manejar todo o dinheiro que conseguir odiaria tal vivência. É um pensamento que faz sentido, não?
Minha dúvida é: o que eu quero?
Continuo defendendo que procuro dinheiro suficiente para fazer tudo o que eu quiser. Muito amplo, eu sei. Eu não quero comprar um carro toda semana, nem ter quarenta e quatro apartamentos ou uma renda mensal que conte com no mínimo sete zeros.
Eu quero viajar, de vez em quando, permitindo que eu conheça mundos diferentes do meu. Desejo ter roupas que eu ache bonitas, um pequeno luxo. Procuro ler, comprar livros pra mim sempre foi uma atividade de envolvimento fetichista. Desejo ir ao cinema uma vez por semana, quiçá duas; ir ao teatro, assistir a espetáculos diversos.
Quero dinheiro para viver sem me preocupar se terei dinheiro para viver.
Quero saber tudo que eu posso, sem necessariamente poder tudo.
Nhai.
Eu não sei como fazer isso, não sei qual caminho, que trabalho... Minha realização pessoal não está no trabalho, não está no recebimento de um salário, mas sim na forma como eu o usarei. Por isso o caminho fica tão enevoado...
Ninguém pode medir o sucesso de outra pessoa baseado nas próprias expectativas. Alguém que só queira ser um pescador terá todo o sucesso na vida se porventura viver pescando, enquanto um alto executivo que goste de manejar todo o dinheiro que conseguir odiaria tal vivência. É um pensamento que faz sentido, não?
Minha dúvida é: o que eu quero?
Continuo defendendo que procuro dinheiro suficiente para fazer tudo o que eu quiser. Muito amplo, eu sei. Eu não quero comprar um carro toda semana, nem ter quarenta e quatro apartamentos ou uma renda mensal que conte com no mínimo sete zeros.
Eu quero viajar, de vez em quando, permitindo que eu conheça mundos diferentes do meu. Desejo ter roupas que eu ache bonitas, um pequeno luxo. Procuro ler, comprar livros pra mim sempre foi uma atividade de envolvimento fetichista. Desejo ir ao cinema uma vez por semana, quiçá duas; ir ao teatro, assistir a espetáculos diversos.
Quero dinheiro para viver sem me preocupar se terei dinheiro para viver.
Quero saber tudo que eu posso, sem necessariamente poder tudo.
Nhai.
Eu não sei como fazer isso, não sei qual caminho, que trabalho... Minha realização pessoal não está no trabalho, não está no recebimento de um salário, mas sim na forma como eu o usarei. Por isso o caminho fica tão enevoado...
sábado, agosto 18, 2007
Pensamentos no banho
Eu estava ali embaixo da água quente deixando a mente fluir através das memórias. Passei o tempo todo não no banheiro da minha casa, mas nas tardes ensolaradas na Redenção, quando deliberadamente ignorávamos se poderiam ser conhecidos ou não, quando tudo que importava era o abraço na beira do laguinho, os convites para passear de cisne.
Tenho saudade de dias assim, simples em sua existência, felizes por sua simplicidade. Não quero ter que ganhar na MegaSena para ter dias assim de novo. Em contrapartida, desde que começamos a lutar para que dinheiro nunca nos faltasse.
É a vida, virá a resposta.
Sim, é a vida. Pois que não me incomodem por desejar que ela fosse diferente, que a busca pelo dinheiro e pelo que o dinheiro pode trazer não nos roubasse justamente o que queremos que ele nos traga.
Ontem uma colega de trabalho - ela é a advogada da Editora - estava comentando sobre uma cabeleireira que trabalhava até cansar, então passava um tempo viajando com o dinheiro juntado, e quando voltava trabalhava até não poder mais, para enfim viajar novamente.
Trabalhar para viver.
Nunca viver para trabalhar.
É egoísmo demais querer aproveitar o AGORA e o DEPOIS também?
Tenho saudade de dias assim, simples em sua existência, felizes por sua simplicidade. Não quero ter que ganhar na MegaSena para ter dias assim de novo. Em contrapartida, desde que começamos a lutar para que dinheiro nunca nos faltasse.
É a vida, virá a resposta.
Sim, é a vida. Pois que não me incomodem por desejar que ela fosse diferente, que a busca pelo dinheiro e pelo que o dinheiro pode trazer não nos roubasse justamente o que queremos que ele nos traga.
Ontem uma colega de trabalho - ela é a advogada da Editora - estava comentando sobre uma cabeleireira que trabalhava até cansar, então passava um tempo viajando com o dinheiro juntado, e quando voltava trabalhava até não poder mais, para enfim viajar novamente.
Trabalhar para viver.
Nunca viver para trabalhar.
É egoísmo demais querer aproveitar o AGORA e o DEPOIS também?
Momento emo
Querido diário,
Ontem, todo mundo saiu. Todo mundo mesmo, menos eu. Foi o coração, foram os amigos, até meus pais - que nunca saem - foram e só voltaram às quatro da matina. Pizzaria, churrasco, cinema, churrasco, bebedeira, todo mundo na rua. Eu fiquei trovando no MSN até uma hora, até que tudo perdeu sentido e eu fui dormir.
Oh, papel molhado das lágrimas comprovará meus sentimentos!
*****
Voltando ao normal... (mesmo que eu tenha algumas pontas de emice no meu normal)
Acho que fui mal interpretado pelo que escrevi ontem. Talvez nem tenha sido e é apenas meu lado neurótico falando, mas acho que fui.
Ontem, todo mundo saiu. Todo mundo mesmo, menos eu. Foi o coração, foram os amigos, até meus pais - que nunca saem - foram e só voltaram às quatro da matina. Pizzaria, churrasco, cinema, churrasco, bebedeira, todo mundo na rua. Eu fiquei trovando no MSN até uma hora, até que tudo perdeu sentido e eu fui dormir.
Oh, papel molhado das lágrimas comprovará meus sentimentos!
*****
Voltando ao normal... (mesmo que eu tenha algumas pontas de emice no meu normal)
Acho que fui mal interpretado pelo que escrevi ontem. Talvez nem tenha sido e é apenas meu lado neurótico falando, mas acho que fui.
sexta-feira, agosto 17, 2007
Sexta chuvosa e diálogos
Então, galerinha do mal, aqui estamos novamente.
Sozinho na Editora (ou melhor, na sala de editoração), ouvindo música alta, passeando na internet. A vontade de comer chocolate ainda não me abandonou, estou querendo virar artista e morar sozinho de uma vez. Lembrei esses dias de um diálogo engraçado - pra mim, ao menos - que tive com uns amigos no shopping. Era algo como:
- Meu sonho de criança era ter um carro. - Disse o amigo.
- Ah, o meu sonho - respondi - era passar a noite num shopping. Mas daí eu me dava conta que não teria graça, já que todas as lojas estariam fechadas e eu só poderia ficar vendo as vitrines!
- Bah, Tales! Desde criança tu já é um cara frustrado! - gargalhadas.
Eu não sou uma pessoa frustrada. Um dia, conversando no MSN com um amigo, tive a conversa:
- Bah, quando eu ficar velho eu vou ser muito frustrado - eu.
- Pq? - vini
- Pq tudo que eu faço é reclamar e dizer que não gosto das coisas.
- Nah, é mais provável que tu seja um velho chato, não frustrado.
Estou lendo sobre kitsch. Arte do grotesco, do exagero e da massificação. Arte da confusão, do fetichismo, da falta de sentido ou, no mínimo, da troca de sentido. Isso, junto com uma conversa com o gui ontem fizeram eu meio que acordar, um daqueles momentos "lembre-se quem você é".
- Eu quero morar sozinho num prédio alto, olhando a cidade de uma janela que ocupe parede inteira, a chuva caindo e eu vendo os reles mortais lá embaixo, enquanto degusto uma taça de vinho e penso na genialidade que me separa dos normais.
- É, nossas pretensões são diferentes.
- É? Qual seria a tua?
- Um apartamento apertado, um bando de amigos tomando chimarrão, conversando e rindo juntos. Depois uma cerveja, um filme ou uma música.
Eu quero ser feliz.
Nunca achei que dinheiro fosse o único caminho pra isso, então porquê ultimamente me parecia a solução para todos os problemas? Deuses, minha visão estava meio desfocada...
Sozinho na Editora (ou melhor, na sala de editoração), ouvindo música alta, passeando na internet. A vontade de comer chocolate ainda não me abandonou, estou querendo virar artista e morar sozinho de uma vez. Lembrei esses dias de um diálogo engraçado - pra mim, ao menos - que tive com uns amigos no shopping. Era algo como:
- Meu sonho de criança era ter um carro. - Disse o amigo.
- Ah, o meu sonho - respondi - era passar a noite num shopping. Mas daí eu me dava conta que não teria graça, já que todas as lojas estariam fechadas e eu só poderia ficar vendo as vitrines!
- Bah, Tales! Desde criança tu já é um cara frustrado! - gargalhadas.
Eu não sou uma pessoa frustrada. Um dia, conversando no MSN com um amigo, tive a conversa:
- Bah, quando eu ficar velho eu vou ser muito frustrado - eu.
- Pq? - vini
- Pq tudo que eu faço é reclamar e dizer que não gosto das coisas.
- Nah, é mais provável que tu seja um velho chato, não frustrado.
Estou lendo sobre kitsch. Arte do grotesco, do exagero e da massificação. Arte da confusão, do fetichismo, da falta de sentido ou, no mínimo, da troca de sentido. Isso, junto com uma conversa com o gui ontem fizeram eu meio que acordar, um daqueles momentos "lembre-se quem você é".
- Eu quero morar sozinho num prédio alto, olhando a cidade de uma janela que ocupe parede inteira, a chuva caindo e eu vendo os reles mortais lá embaixo, enquanto degusto uma taça de vinho e penso na genialidade que me separa dos normais.
- É, nossas pretensões são diferentes.
- É? Qual seria a tua?
- Um apartamento apertado, um bando de amigos tomando chimarrão, conversando e rindo juntos. Depois uma cerveja, um filme ou uma música.
Eu quero ser feliz.
Nunca achei que dinheiro fosse o único caminho pra isso, então porquê ultimamente me parecia a solução para todos os problemas? Deuses, minha visão estava meio desfocada...
quinta-feira, agosto 16, 2007
Ocorrências
Meu computador em casa foi pro saco, não está ligando mais do que o início. Não sei o que ele tem, não faço idéia de como resolver. Vou tentar mais tarde, chegando em casa, fuçar e coisa e tal, mas não tenho muitas esperanças de que ele acorde antes do final de semana.
Eu estou estudando. Pode ser este apenas mais um momento de "quero ser alguém então devo estudar" ou pode ser mais ou menos permanente. Eu nunca sei, só vou acompanhando.
Estava lendo sobre a história do Design, logo depois de ter lido um pouco sobre Gestalt; agora migrei para um livro da série Debates sobre Kitsch, pra ver se eu finalmente entendo conceitualmente essa palavrinha que me foi apresentada há três anos, no primeiro semestre.
Tenho idéias pra minha monografia. Juntando incapacidades técnicas (momentâneas, talvez) com preferências, escolhas e uma frase da Carla, minha colega de trabalho ("me dei conta de que se eu não trabalhasse e me divertisse com meu trabalho, eu não conseguiria continuar trabalhando" - ok, cúmulo do já dito, mas sempre bom ouvir isso de perto e de alguém que a gente respeita), acho que escolhi um tema apropriado. Ou melhor, uma idéia de tema, ainda falta focar um pouco mais. O legal é que essa idéia dá alguma continuação para futuros estudos mais avançados.
Fui desafiado na faculdade. Numa aula de debates, dois textos haviam sido indicados para serem discutidos e eu, tendo-os lido, senti certa dificuldade em contribuir de modo satisfatório (ou não totalmente óbvio, pelo menos) para as questões levantadas. Expressei isso quando minha palavra foi pedida, inclusive. Como resposta, ouvi que realmente o texto era bastante difícil e coisa e tal, e que eu não precisaria me preocupar que os próximos seriam mais fáceis. Só faltou me dar um par de orelhas de burro e me colocar no fundo da sala!!!
Com certeza isso não vai se repetir. Já estou estudando as duas novas leituras indicadas, lendo e relendo, anotando, comentando, pensando, meditando. Se é pra seguir uma vida acadêmica, que eu faça isso de verdade, não é?
Eu estou estudando. Pode ser este apenas mais um momento de "quero ser alguém então devo estudar" ou pode ser mais ou menos permanente. Eu nunca sei, só vou acompanhando.
Estava lendo sobre a história do Design, logo depois de ter lido um pouco sobre Gestalt; agora migrei para um livro da série Debates sobre Kitsch, pra ver se eu finalmente entendo conceitualmente essa palavrinha que me foi apresentada há três anos, no primeiro semestre.
Tenho idéias pra minha monografia. Juntando incapacidades técnicas (momentâneas, talvez) com preferências, escolhas e uma frase da Carla, minha colega de trabalho ("me dei conta de que se eu não trabalhasse e me divertisse com meu trabalho, eu não conseguiria continuar trabalhando" - ok, cúmulo do já dito, mas sempre bom ouvir isso de perto e de alguém que a gente respeita), acho que escolhi um tema apropriado. Ou melhor, uma idéia de tema, ainda falta focar um pouco mais. O legal é que essa idéia dá alguma continuação para futuros estudos mais avançados.
Fui desafiado na faculdade. Numa aula de debates, dois textos haviam sido indicados para serem discutidos e eu, tendo-os lido, senti certa dificuldade em contribuir de modo satisfatório (ou não totalmente óbvio, pelo menos) para as questões levantadas. Expressei isso quando minha palavra foi pedida, inclusive. Como resposta, ouvi que realmente o texto era bastante difícil e coisa e tal, e que eu não precisaria me preocupar que os próximos seriam mais fáceis. Só faltou me dar um par de orelhas de burro e me colocar no fundo da sala!!!
Com certeza isso não vai se repetir. Já estou estudando as duas novas leituras indicadas, lendo e relendo, anotando, comentando, pensando, meditando. Se é pra seguir uma vida acadêmica, que eu faça isso de verdade, não é?
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