segunda-feira, junho 23, 2008

Personagens

Eu queria assumir o texto da minha vida por um ano. Todas as mudanças que eu faria no personagem principal já seriam suficientes para garantir que os caminhos estivessem para sempre mudados e que as histórias seguissem eternamente por vias melhores.

Ser outra pessoa.
É a velha idéia da raposa e do canceriano, duas metades que formam um trio ^^. Já expliquei aqui outras vezes, e faz tanto tempo que não penso nessa metáfora que talvez agora eu me perca, mas vamos a ela de novo...
Existe uma criatura no meio de muitas personalidades. Como em todo paradigma, há regras que mantêm o todo coeso. Numa ponta dessa pessoa habita o canceriano, eterno tristonho e choroso, incapaz de decidir seu futuro. Na outra, a raposa, personificação da atitude e da malícia, esperando a chance de sair do casulo sempre fechado com força.
Eu cultuo a raposa porque ela tem energia para fazer as coisas que o canceriano apenas imagina. Eu amo o canceriano porque ele freia a raposa com uma imensa racionalidade. Curioso que a metade racional seja a causadora de maiores emoções, e a emocional a que se prenda em tantos raciocínios.

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