Eu sei a razão das minhas falhas, eu estou preenchendo uma lacuna que a viagem abriu. Uma certa saudade de viver o tempo inteiro com pessoas que eu amo. Lá em Goiânia estou começando a estabelecer contatos que, imagino, em breve me farão suspirar também, mas como fico enquanto isso não acontece?
Estudando teoria queer e batendo de frente com paradigmas obsoletos da educação, cada vez mais eu me deparo com a ideia de que certezas não estão aí para me ajudar. Por outro lado, dia após dia eu sinto que preciso menos de questões e mais de linhas retas. Curvas são muito boas, muito úteis, mas elas cansam, machucam, perturbam. Preciso de uma certa calmaria para sentar e ler, ou será que não?
Não estou triste por alguma ausência, sabe? Tenho sexo, tenho amigos, tenho festas, nada disso me falta em Goiânia. Claro, não é a mesma coisa que Porto Alegre, isso é evidente, mas mesmo assim fica aquela vontade de encontrar, no fim do dia, um abraço sincero, gostoso e que faça tudo desaparecer, mesmo que por alguns instantes. O que eu preciso fazer pra me soltar desse jeito? O que está segurando minha energia de forma tão contínua?
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