sábado, setembro 17, 2011
Citando a mim mesmo
Tales diz:
é isso que eu tento fazer sobre tudo na vida =)
tu inclusive poderá notar um padrão, talvez
eu sempre me explico como "meio" alguma coisa
nunca "tal coisa"
é meu jeito de dizer que não sou completamente, e que também não sou somente
quinta-feira, setembro 15, 2011
Relato de infância e gênero
Eu não fui uma criança muito existente. Ficava na minha, quieto, ouvindo o que os outros viviam e sem atentar para o fato de que poderia também viver. Creio que já era jornalista bem antes de haver me decidido por esse curso de graduação, acostumado que estava em ficar nos bastidores, anotando e registrando as experiências dos outros, algumas vezes relatando, mas nunca participando. Quase um pesquisador objetivo.
Foi por essa quietude toda que guardei pra mim as dores de ser caçoado quando cortei meus cabelos. Eu, menino de lisos e loiros cabelos compridos, doce garoto com aparência andrógina, fui cortado sem piedade. Ou talvez por piedade. Minha mãe, preocupada com as reações que já se somavam frente ao menino-que-parecia-uma-menina, levou-me à cabelereira e mandou-a que me deixasse com cabelos curtos. Lembro que chorei muito enquanto caminhávamos pelo centro, já de volta para casa. Ela apertou forte minha mão, parou, ajoelhou e perguntou: "tu achas que eu faria algo pra te magoar?". Não, não achava, e ainda hoje não acho. Se acredito que ela errou? Difícil dizer, minha vida escolar não era a menos conturbada possível, e certamente não seria mais fácil do que foi se eu mantivesse os cabelos compridos. Naquele momento, eu ainda não compreendia que estava sendo ensinado a ser menino, tanto quanto eu não entendia os comentários homofóbicos dos meus colegas.
Alguns anos mais tarde, cabelos curtos, aula de educação física. Eu não exercitava: caminhava ao redor da quadra enquanto os outros meninos jogavam futebol. Recordo de um dia que, com um casaco nas mãos, coloquei-o sobre a cabeça, amarrando-o e deixando-o cair para trás, algo como se fossem cabelos longos e amarrados. Só hoje, estudando sexualidades e gêneros, percebo alguma importância nessa relação com (como) ter os cabelos. Meu professor de educação física repreendeu-me, disse-me que se quisesse ser mulher, pois que vestisse logo uma saia, algo que achei curioso e agressivo, pois nunca desejei pertencer ao sexo (gênero) feminino.
Somente agora, repensando esses momentos, consigo costurá-los e perceber que são desejos (frustrações) que se repetem. São modos de ser masculino que não envolvem força e vigor. Foram cuidados, tanto da minha mãe quanto do meu professor, que provavelmente buscavam apenas o melhor pra mim. A gente nunca sabe, contudo, o que aquilo que acreditamos ser o melhor para o outro terá como efeito sobre ele. Quem eu seria se eu pudesse ser quem eu era? Existe alguém que "foi o que era" sem intervenções, sem controles nem permissões?
Foi por essa quietude toda que guardei pra mim as dores de ser caçoado quando cortei meus cabelos. Eu, menino de lisos e loiros cabelos compridos, doce garoto com aparência andrógina, fui cortado sem piedade. Ou talvez por piedade. Minha mãe, preocupada com as reações que já se somavam frente ao menino-que-parecia-uma-menina, levou-me à cabelereira e mandou-a que me deixasse com cabelos curtos. Lembro que chorei muito enquanto caminhávamos pelo centro, já de volta para casa. Ela apertou forte minha mão, parou, ajoelhou e perguntou: "tu achas que eu faria algo pra te magoar?". Não, não achava, e ainda hoje não acho. Se acredito que ela errou? Difícil dizer, minha vida escolar não era a menos conturbada possível, e certamente não seria mais fácil do que foi se eu mantivesse os cabelos compridos. Naquele momento, eu ainda não compreendia que estava sendo ensinado a ser menino, tanto quanto eu não entendia os comentários homofóbicos dos meus colegas.
Alguns anos mais tarde, cabelos curtos, aula de educação física. Eu não exercitava: caminhava ao redor da quadra enquanto os outros meninos jogavam futebol. Recordo de um dia que, com um casaco nas mãos, coloquei-o sobre a cabeça, amarrando-o e deixando-o cair para trás, algo como se fossem cabelos longos e amarrados. Só hoje, estudando sexualidades e gêneros, percebo alguma importância nessa relação com (como) ter os cabelos. Meu professor de educação física repreendeu-me, disse-me que se quisesse ser mulher, pois que vestisse logo uma saia, algo que achei curioso e agressivo, pois nunca desejei pertencer ao sexo (gênero) feminino.
Somente agora, repensando esses momentos, consigo costurá-los e perceber que são desejos (frustrações) que se repetem. São modos de ser masculino que não envolvem força e vigor. Foram cuidados, tanto da minha mãe quanto do meu professor, que provavelmente buscavam apenas o melhor pra mim. A gente nunca sabe, contudo, o que aquilo que acreditamos ser o melhor para o outro terá como efeito sobre ele. Quem eu seria se eu pudesse ser quem eu era? Existe alguém que "foi o que era" sem intervenções, sem controles nem permissões?
terça-feira, setembro 13, 2011
Ah, essas convenções
Recentemente deixei de parabenizar dois amigos leoninos por seus aniversários. Eu não sei que dias eles nasceram, essa é uma informação que costuma me escapar e usualmente é tomada por inútil. Aí hoje uma outra amiga comentou sobre o aniversário dela (ontem) e como muitas pessoas a parabenizaram via facebook, alcançando proporções nunca antes vistas. Ela então me cobrou uma mensagem de aniversário, e comecei a pensar sobre isso.
Haver um dia específico no ano para que nos lembremos de alguém é, no mínimo, bobo. Isso, claro, pensando num mundo ideal. Eis que vivemos numa realidade muito fria, chata e distante. Esses dias especiais se transformam em motivos para reencontros, rememorações e recomeços. Eu não preciso, com minha amiga em questão, recomeçar. Nós evitamos encerramentos, pois sabemos que eles tendem a ser permanentes em casos de distâncias parecidas com as que enfrentamos hoje. Nos gostamos demais para deixar que o silêncio seja o tom das nossas conversas.
Aí eu esqueço de lhe dar parabéns. Ah, grande coisa, nós conversamos todos os dias. É algo que eu posso acreditar e que certamente é muito racional. Não há nada de racional em parabenizar alguém pelo dia em que nasceu, óbvio que não. Bem, se tem algo que eu aprendi recentemente, é que o racional não dá conta de tudo o que é humano. Há uma esfera em nossas vidas que, além de atravessar os pensamentos, pode-se dizer que é anterior a eles. As emoções. Parece coisa de powerpoint com fotinhos de bebês. Só que é mais que isso: é estar aberto para o que a gente sente e para o que podemos sentir. É lembrar que também, com o tempo, podemos deixar de sentir, tornar-nos anestesiados. Anestesia que também pode abraçar nossas amizades, torná-las menos importantes, menos centrais pra vida.
Então lembro do Pequeno Príncipe, aquele ingênuo que acha que amor é pra sempre. Eu não concordo com ele, ao menos não nesse ponto. Aquela história de cativar pra sempre é bobeira, se pensada sem filtros. Porém, existem pessoas que a gente quer cativar e quer que nos cativem. Existem pessoas que conseguem isso, que valem o esforço. Aí chega um dia, passa um aniversário e a gente esquece. Ou nunca soube. Não é um fim do mundo, não é um atentado, mas é um esquecimento. É uma oportunidade a menos de lembrar a pessoa que ela é amada, que ela tem um lugar na tua realidade. É um esforço a menos pra dizer "tu é importante pra mim", e ninguém é eternamente responsável por aquele que cativa se não estiver disposto a pagar os preços dessa responsabilidade.
Amar não é algo que se faça simplesmente amando. Amar é ação.
A minha ação, nesse momento, é dizer Feliz Aniversário atrasado, irmãzinha <3
Haver um dia específico no ano para que nos lembremos de alguém é, no mínimo, bobo. Isso, claro, pensando num mundo ideal. Eis que vivemos numa realidade muito fria, chata e distante. Esses dias especiais se transformam em motivos para reencontros, rememorações e recomeços. Eu não preciso, com minha amiga em questão, recomeçar. Nós evitamos encerramentos, pois sabemos que eles tendem a ser permanentes em casos de distâncias parecidas com as que enfrentamos hoje. Nos gostamos demais para deixar que o silêncio seja o tom das nossas conversas.
Aí eu esqueço de lhe dar parabéns. Ah, grande coisa, nós conversamos todos os dias. É algo que eu posso acreditar e que certamente é muito racional. Não há nada de racional em parabenizar alguém pelo dia em que nasceu, óbvio que não. Bem, se tem algo que eu aprendi recentemente, é que o racional não dá conta de tudo o que é humano. Há uma esfera em nossas vidas que, além de atravessar os pensamentos, pode-se dizer que é anterior a eles. As emoções. Parece coisa de powerpoint com fotinhos de bebês. Só que é mais que isso: é estar aberto para o que a gente sente e para o que podemos sentir. É lembrar que também, com o tempo, podemos deixar de sentir, tornar-nos anestesiados. Anestesia que também pode abraçar nossas amizades, torná-las menos importantes, menos centrais pra vida.
Então lembro do Pequeno Príncipe, aquele ingênuo que acha que amor é pra sempre. Eu não concordo com ele, ao menos não nesse ponto. Aquela história de cativar pra sempre é bobeira, se pensada sem filtros. Porém, existem pessoas que a gente quer cativar e quer que nos cativem. Existem pessoas que conseguem isso, que valem o esforço. Aí chega um dia, passa um aniversário e a gente esquece. Ou nunca soube. Não é um fim do mundo, não é um atentado, mas é um esquecimento. É uma oportunidade a menos de lembrar a pessoa que ela é amada, que ela tem um lugar na tua realidade. É um esforço a menos pra dizer "tu é importante pra mim", e ninguém é eternamente responsável por aquele que cativa se não estiver disposto a pagar os preços dessa responsabilidade.
Amar não é algo que se faça simplesmente amando. Amar é ação.
A minha ação, nesse momento, é dizer Feliz Aniversário atrasado, irmãzinha <3
segunda-feira, setembro 12, 2011
Ciência, filosofia etc
Existe algo complicado em se procurar pela verdade, provavelmente por eu não acreditar que seja possível compartilhar (de verdade) verdades. Heh, irônico, até para não acreditar em verdades eu preciso delas. No plural funciona melhor, já que haver muitas não implica que elas possam ser coletivas por inteiro. Creio que esse é o ponto: não há 100%, coexistência, compartilhamento. A própria ideia de comunicação, enquanto transmissão de saberes e conteúdos, é errônea.
Penso que é por isso que tenho medo de cientistas. Quando me digo acadêmico, perguntam-me o que estou pesquisando, na expectativa de que eu tenha respostas a dar. Ou que eu venha a ter, um dia. Nessa coisa de não querer ter respostas, eu sinto dificuldade em encarnar o estereótipo do professor, aquele sujeito que sabe, que tem certeza, que conhece os caminhos.
Tenho me definido como um filósofo, um sujeito que pensa a vida. Estou numa posição muito delicada para refletir: se a vida não para, como posso ter certeza de que consigo compreendê-la? Mesmo o passado não é passado por muito tempo, vira mais passado rapidamente, e se soma com o novo passado, que logo passa. É, hoje não tenho nada muito concreto para oferecer hehe.
Penso que é por isso que tenho medo de cientistas. Quando me digo acadêmico, perguntam-me o que estou pesquisando, na expectativa de que eu tenha respostas a dar. Ou que eu venha a ter, um dia. Nessa coisa de não querer ter respostas, eu sinto dificuldade em encarnar o estereótipo do professor, aquele sujeito que sabe, que tem certeza, que conhece os caminhos.
Tenho me definido como um filósofo, um sujeito que pensa a vida. Estou numa posição muito delicada para refletir: se a vida não para, como posso ter certeza de que consigo compreendê-la? Mesmo o passado não é passado por muito tempo, vira mais passado rapidamente, e se soma com o novo passado, que logo passa. É, hoje não tenho nada muito concreto para oferecer hehe.
quinta-feira, setembro 08, 2011
Primeiro dia
Hoje foi meu primeiro dia no trabalho novo. Sou agora um revisor de material didático produzido por uma empresa que, aparentemente, deseja se inserir no mercado. O ambiente e as tarefas parecem agradáveis, assim como as pessoas com as quais vou atuar. Mais uma vez estou envolvido profissionalmente com produção editorial, algo que parece que não me abandonará mais na vida. Acho que é bom, e talvez eu procure caminhos para que os estudos de doutorado sejam na área. Faria sentido juntar minhas experiências de editor e de investigador.
Confesso que me senti bem ao ter minha trajetória reconhecida e legitimada pelos meus chefes. Eles dizem ter planos para mim. Isso evidentemente inclui me explorar ao máximo dentro do horário e do salário arranjados, mas fico feliz igual. Aprenderei mais e terei mais histórias a contar e a estudar e a ensinar quando chegar o momento. Estou construindo algo, sinto isso, e sorrio feliz.
Confesso que me senti bem ao ter minha trajetória reconhecida e legitimada pelos meus chefes. Eles dizem ter planos para mim. Isso evidentemente inclui me explorar ao máximo dentro do horário e do salário arranjados, mas fico feliz igual. Aprenderei mais e terei mais histórias a contar e a estudar e a ensinar quando chegar o momento. Estou construindo algo, sinto isso, e sorrio feliz.
quarta-feira, setembro 07, 2011
Balança
É difícil pesar o que fazemos em contraponto ao que esperam que façamos. Já nascemos inseridos numa série de malhas de expectativas. Como ser menino. Como ser filho. Como ser irmão. Como ser sobrinho. Como ser neto. Como ser estudante. Como ser amigo. A série de "como ser" apenas cresce conforme nós avançamos através das experiências de vida. Como ser profissional. Como ser chefe. Como ser independente. Como ser namorado. Como ser amigo do inimigo do seu amigo. Esses sistemas são complexos, se sobrepõem, interferem uns nos outros. Não fosse o bastante, eles não são universais. Ser amigo aqui e lá têm conotações diferentes, expectativas, deveres e prazeres que se diferenciam. Não falo apenas de diferenças culturais maiores, como brasileiros e japoneses, mas também de pequenas distinções. Essas matrizes de expectativas, crenças e valores são tão variadas e tão perniciosas que se espalham e não se permitem enxergar facilmente, mas permeiam todas as relações humanas.
Podemos viver unicamente dessas expectativas? Provavelmente. Elas geram vento suficiente para empurrar nosso barco por uma vida inteira. É o jeito certo de se viver? Depende do que se acredita, de quais expectativas estão em conflito com que desejos. Eu não sei o que é o certo, quais decisões devo manter e em que momentos devo abrir mão. O que acredito, no momento, é na possibilidade de viver mais, viver melhor. A minha medida para isso tem sido o que me faz feliz, o que me deixa sorridente, o que me empolga. Há quem diga que não viemos ao mundo para aproveitar. Tudo bem, exista sem aproveitar, aguardando por uma outra vida em que isso lhe seja permitido. Talvez eu esteja sendo apressado em querer que as coisas sejam boas já agora, ao invés de aguardar pela hora prometida. Prometo não tentar impor minhas crenças sobre ti, triste-vivente. Peço, em retorno, que faça o mesmo comigo: deixe-me livre para caminhar como intento.
Isso significa que não podemos conviver? Não, de modo algum, não significa isso. Diferenças existem entre as pessoas e não significam que devam ser resolvidas em busca de uma resposta certa. Acredito que um dos maiores problemas da humanidade é a vaidade de se crer correto e, por isso, querer que os demais ajam da mesma forma que nós. Como, então, coexistir?
Podemos viver unicamente dessas expectativas? Provavelmente. Elas geram vento suficiente para empurrar nosso barco por uma vida inteira. É o jeito certo de se viver? Depende do que se acredita, de quais expectativas estão em conflito com que desejos. Eu não sei o que é o certo, quais decisões devo manter e em que momentos devo abrir mão. O que acredito, no momento, é na possibilidade de viver mais, viver melhor. A minha medida para isso tem sido o que me faz feliz, o que me deixa sorridente, o que me empolga. Há quem diga que não viemos ao mundo para aproveitar. Tudo bem, exista sem aproveitar, aguardando por uma outra vida em que isso lhe seja permitido. Talvez eu esteja sendo apressado em querer que as coisas sejam boas já agora, ao invés de aguardar pela hora prometida. Prometo não tentar impor minhas crenças sobre ti, triste-vivente. Peço, em retorno, que faça o mesmo comigo: deixe-me livre para caminhar como intento.
Isso significa que não podemos conviver? Não, de modo algum, não significa isso. Diferenças existem entre as pessoas e não significam que devam ser resolvidas em busca de uma resposta certa. Acredito que um dos maiores problemas da humanidade é a vaidade de se crer correto e, por isso, querer que os demais ajam da mesma forma que nós. Como, então, coexistir?
terça-feira, setembro 06, 2011
Ciências
Nessas manias de pensar o por quê das coisas eu acabo passando por cima de crenças e descrenças de pessoas que ora não se permitem duvidar, ora não conseguem. Aquela pergunta maior, que sentido tu dá para a tua vida?, persiste em me assombrar, já que eu não sei exatamente. Não tenho uma resposta a prova de furos. Eu quero fazer com que pessoas ao meu redor vivam suas vidas ao máximo. Eu quero eu mesmo viver ao máximo. O que é viver ao máximo? É aproveitar todas as chances indiscriminadamente? Duvido. É beber, transar, cheirar, comer o que aparecer? Também duvido. É seguir um rigoroso controle de tudo que se faz? Bem, essa é a única coisa que tenho certeza que não é, ao menos não de todo.
Então hoje, lendo sobre metodologias queer, dou-me de frente novamente com a perspectiva teórico-científica de não se determinar, não se enquadrar, não se definir. Eu sei que é isso que eu quero, e sei que esse é um caminho para chegar até onde desejo, para viver ao máximo.
E os que me circundam, o que fazer com eles? Eu posso tentar abraçar o mundo. Posso me esforçar para que outras pessoas vivam como eu sinto que estou vivendo, aproveitem, se libertem das tranqueiras morais e sociais que tanto machucam. Antes fosse simples.
Então hoje, lendo sobre metodologias queer, dou-me de frente novamente com a perspectiva teórico-científica de não se determinar, não se enquadrar, não se definir. Eu sei que é isso que eu quero, e sei que esse é um caminho para chegar até onde desejo, para viver ao máximo.
E os que me circundam, o que fazer com eles? Eu posso tentar abraçar o mundo. Posso me esforçar para que outras pessoas vivam como eu sinto que estou vivendo, aproveitem, se libertem das tranqueiras morais e sociais que tanto machucam. Antes fosse simples.
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