Estive pensando ontem em iniciar um segundo blog, irmão deste, para fazer algumas experimentações literárias. Talvez uma blog-série, como devem haver muitas pelo mundo. Ando com idéias para uma história fantástica (no sentido de fantasia, não de maravilhosa), mas sinto que ainda me falta alguma coisa para que ela surja naturalmente nas minhas sinapses.
Incrível como meu cérebro é rápido em criar desculpas racionais para as situações que eu tenho medo de viver. Não entrarei no mérito desses receios terem fundamento ou não. Hoje estava armando mentalmente de convidar meu digníssimo para visitar minha casa sábado, dia de comemoração de quatorze meses juntos. Imediatamente meu cérebro começou a funcionar no sentido inverso, acompanhem:
"Ah, sábado nós combinamos de ir na Bienal, e eu quero muito muito ir na Bienal, então não pode ser nesse sábado." Ao que meu outro lado, provavelmente o esquerdo, respondeu: "Então convida ele pro domingo! Isso, domingo, dia de ficar em casa e conhecer os sogros". Evidentemente meu questionador e fujão nato não perdeu tempo: "Ixi, não dá, aniversário do Marcel, família toda aqui, tu não quer que a tua vó e teu tio e bla bla saibam do teu namoro, quer? Deixa pra semana que vem..."
Diálogos internos como esses têm se repetido há tempos.
Eu ia falar sobre infância, agora, mas ainda existem coisas sobre as quais não quero escrever aqui. A Raposa Antropomórfica ainda não é tão poderosa...
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