domingo, outubro 28, 2007

Aquelas regras que nós sabemos

Conforme o tempo vai passando, nós aprendemos a viver neste mundo.
As regras básicas são as primeiras que nós identificamos: necessidades e medos, que geralmente são traduções de perigos. Regras mais complexas vão aparecendo conforme o tempo vai passando. Elas estão sempre por aí, e novas surgem a cada instante, até alterando-se ante nossa presença. É um jogo complexo, esse, o do viver. Uma pessoa escolhe entre adaptar-se às mesmas regras dos demais ou subvertê-las. Quando isto acontece, temos conflito.

Às vezes, porém, entramos em conflito com nossas próprias regras. Excluamos outras pessoas do processo, assim já temos uma quantidade enorme de informação para lidar dia após dia. Alimentação, concentração, estudos, dificuldades.
Eu tenho uma questão que me incomoda desde pequeno: quanto tempo eu preciso para ser realmente bom em alguma coisa? Eu olho pra mim hoje e reconheço que sou muito mais do que era, e isso é bom. Em contrapartida, eu olho para os lados e enxergo mais pessoas que estão na minha frente, mais criaturas que são difíceis de serem superadas. Alcançadas, sequer.

Passei o final de semana em casa. Não botei o pé pra rua desde que acordei no sábado, exceto para levar minha cunhada em casa, junto com meu irmão, uma vez a pé e outra de carro. Meio entristecido e tal, mas isso não é o que eu gostaria de discutir (comigo mesmo). O problema está no fato de eu desafiar a mim mesmo.
Até o primeiro ano da escola eu tinha um problema sério com espinhas. Eu tinha mais pontos vermelhos do que pele branca no meu rosto. Minhas costas pareciam uma almôndega. Ao contrário do que pode parecer, eu não estou usando o típico exagero adolescente. Tenho fotos que me lembram disso.
Eu tomei remédio, a acne foi embora, mas o tempo se encarregou de trazê-la de novo. É uma coisa simples, mas que incomoda muito. Sou extremamente desequilibrado quando se trata de espinhas. Elas, obviamente, ignoram isso e continuam aparecendo. Eu, esta é a parte que me surpreende, continuo dando passagem para elas.
Não engordo há anos. Matenho o mesmo peso desde que estava na escola. Tenho um nível de colesterol bom altíssimo, portanto estou razoavelmente protegido contra gorduras e doces. Naturalmente, não é só isso que precisa ser visto. Minha pele reage às minhas emoções e, infelizmente, também a algo que eu costumo ignorar: minha alimentação.
Tendo passado o final de semana sozinho, de mal humor e comendo porcarias, não é de espantar que minha pele esteja o lixo que está agora. Uma parte disso, pelo menos, eu poderia resolver facilmente: a comida.

Ah, eu quero aprender a lutar. Esse desejo é antigo, de ter coragem para enfrentar o mundo não apenas intelectualmente, mas também no físico. É claro que, dadas minhas prioridades, esse desejo vai ficando pra trás.

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