Eu realmente gosto destes períodos de excesso de ocupação. Talvez seja uma forma (bizarra) de compensação por momentos de carência de atividades, um modo (literalmente) prático de fazer coisas na minha vida sem ter de vencer tantas resistências costumeiras. Eis o fantástico poder da obrigação.
É bem verdade que essas correrias me estressam e que eu fico com vontade de arrancar o fígado de quem passa pelo meu caminho, mas isso é facilmente deixado de lado (o mais difícil é recolocar o fígado no lugar certo, depois).
Chorar pelo passado é algo que eu costumo fazer com freqüência.
Idealmente, é uma maneira funcional de não repetir os erros já cometidos e, assim, viver uma vida muito mais plena de acontecimentos felizes. Já no mundo real, é pouco mais que um álbum de fotos em que todas as memórias são muito parecidas e que nas novas páginas outras fotos semelhantes serão acrescentadas.
Tudo bem, eu não consigo acreditar que hoje eu não esteja vivendo minha vida de um jeito agradável. Ainda não é o que eu gostaria pra mim, faltam alguns pontos-chave como a independência imobiliária e móvel, mas são elementos que podem esperar. Outros, como o conhecimento de três anos e meio (seis e meio se considerar o ensino médio, muito mais se for fazer as contas por todo o tempo que eu sei ler) desperdiçado não deixam de me abandonar. Ah, parar de chorar e estudar? É uma boa providência, mas infelizmente jamais dissipará a tristeza de não ter aproveitado esse tempo de outra forma. Se eu tivesse vivido uma adolescência peralta (terceira acepção do Houaiss) como muitos, talvez eu não sentisse falta de nada.
Não sendo o caso, deixem que eu chore pelos dias que não vivi ^^
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