terça-feira, abril 19, 2011

Um diálogo que não existiu

- Oi.
- Oi.
Aquele instante de silêncio, breve, brevíssimo, nem meio minuto, mas com o peso de uma tonelada de algodão separando os dois.
- Eu... eu te chamei aqui porque... eu... queria conversar.
A evidência do óbvio. No telefone já havia dito, perguntado, pedido. Foi uma ponta de saudade que fez nascer o sim. A dúvida participou, também.
- Fale.
- Eu não estou aqui pra pedir que voltemos a namorar - mesmo que queira -, mas sim pra dizer que eu estou aqui por ti.
- Esperando? Não faz isso, eu não sei se...
- Não. Não esperando. Eu te quero bem, quero te ver sorrir.
- Eu acho que a gente precisa de um tempo separado, longe, pra saber se sente falta.
- Eu não quero isso, mas entendo. Eu estou aqui, e vou continuar aqui. Não sei como estarei no futuro, mas eu quero estar ainda te querendo bem. E tudo que peço em troca é que tu me queira bem, também, em nome do que a gente passou juntos.


x x x x x

Eu tinha pensado em um diálogo mais elaborado, tinha até ficado bonito, na minha cabeça. Mas nhé, perdi a vontade de escrever.

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