quarta-feira, março 12, 2008

Segunda semana

Cá estou eu cheio de uma serenidade irritada. Essa semana está tão boa quanto a anterior, melhorada um tantinho pelo aumento da complexidade. Pois meus semestre funciona assim: em camadas.
A semana zero foi a que eu voltei a trabalhar, depois de cerca de vinte dias em férias. Eu já estava atordoado sem ter o que fazer. Ficando em Porto Alegre no verão foi possível descobrir como era bom o tempo que eu passava de pernas pro ar na praia, mesmo que não fosse ao mar ou ao sol.
As férias despertaram uma vontade de viajar, viver e conhecer. Vontade antiga, como sempre, mas deixada de lado pelas pressões do meu eu cotidiano. Talvez eu consiga voar um tantinho mais, talvez seja só balela pra encher a Raposa Antropomórfica.
A semana um retomou a faculdade. Coisa simples, uma cadeira aqui e outra ali, rever as pessoas e sentir novamente o gostinho de uma vida acadêmica. Uma cadeira séria aqui, outra possivelmente interessante, as coisas foram se ajeitando. Fico um pouco decepcionado que a minha vontade de estudar e descobrir o mundo a sério tenha surgido e fixado na minha práxis apenas tão recentemente. Se no primeiro semestre eu tivesse corrido atrás do conhecimento, quanto mais eu já não saberia? Se ao invés de passar os anos do colégio entre a televisão e a abstração, quanto eu não teria vivido?
A semana dois, esta em que estamos, trouxe o retorno do francês na minha vida e uma cadeira que eu estava realmente querendo fazer: seminário de arte e comunicação. Ministrada pela minha futura orientadora e pelo orientando de mestrado dela, esse é um dos poucos aspectos da comunicação que realmente me dão vontade de continuar estudando a área, ao invés de partir para outros campos. Aliás, valeu totalmente a confiança depositada na professora vê-la falar sobre a formação de jornalistas culturais, que muitas vezes faziam mestrado e doutorado em outras áreas para se aprofundar, enquanto olhava para mim. Das duas uma: ou ela estava falando pra mim, já que eu havia manifestado em outra ocasião vontade de me doutorar em Letras (como ela), ou ela me fez pensar isso sem intenção. No caso da segunda hipótese ser a verdadeira, bem, azar, continuarei com a primeira.
Sexta-feira trará o fim do livro infantil que estou fazendo, um projeto bem legal de trinta e seis páginas que foi aprovado pelo MEC e que terá uma tiragem de milhares (milhões?) de exemplares. A coisa está corrida, mas o material está ficando realmente bonito. Amanhã os autores olharão meu projeto e darão seu aval para publicação. Ou, na pior das hipóteses, dirão que eu destruí a historinha que eles fizeram.
A semana três, ainda a chegar, será marcada pelo início de duas atividades: o estudo de alemão, que estudarei paralelamente ao francês, e o início da minha tarefa de bolsista voluntário de iniciação científica.
Minha prioridade filológica será para o francês, mas o alemão acompanhará o ritmo de estudos para me garantir um aprendizado plural. Quase uma forma de tirar o atraso, mas prefiro considerar um modo de exercitar meu cérebro. ^^
Já a iniciação científica, considero ela de extrema importância para iluminar meu pobre currículo, tão vazio. Além do mais, ela é sobre cultura, tema de minha monografia e, como já dito anteriormente, meu provável único interesse dentro do jornalismo.

De atualização, é isso por hoje :o)

Um comentário:

Anônimo disse...

Se no primeiro semestre eu tivesse corrido atrás do conhecimento, quanto mais eu já não saberia?


puta merda, como eu tenho pensado nisso!!! mas acho q nao eh mais hora de chorar o leite derramado nao???



bjos da vivi, guri!!!

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