quarta-feira, agosto 28, 2013

A performance de Miley Cyrus no VMA

Calhou que eu assisti a performance da Miley Cyrus no VMA 2013 e não entendi. A coisa toda envolveu aparecer de língua de fora, rebolar no pênis de um cara, se masturbar com um dedo gigante etc.


Eu não sei nada sobre Miley Cyrus. Digo isso porque é deste lugar que eu falo: mal sei que ela foi/é Hannah Montana, descobri por acaso lendo sobre o ocorrido. Vou tentar fazer uma análise rápida dessa imagem/cena.

Temos um cara cantando e uma mulher sensualizando. Talvez seja a minha formação machista, mas o cara parece ser o protagonista da cena e ela está ali para o prazer dele. Pensando de outra forma, ela pode estar explorando o próprio prazer e usando dele para saciar ou atiçar suas vontades. Acharia justo, mas não foi isso que eu entendi. Talvez se eu estivesse prestando atenção no que estava sendo cantado ou se eu soubesse quem é Miley Cyrus eu pudesse compreender o subtexto. Tem que haver um subtexto! Do contrário, é só uma mulher de língua de fora rebolando em meio a outros artistas pelo bem do impacto.

Uma coisa eu não posso negar: essa imagem me deixou muito pensativo. Ela me incomoda, me tira do conforto, me coloca numa postura reflexiva. Eu normalmente não sou o tipo de pessoa que precisa entender os porquês, mas aquela foi uma performance que pareceu fora de lugar. Quando algo está fora de lugar, acho que é um convite para pensarmos que lugar é esse. Por que o VMA não parece ser o lugar para esse tipo de performance? É o lugar de quê? De quem? Qual seria o lugar adequado para essa performance?

Não sei, não sei, não sei. Termino este texto claramente tocado pela imagem, que continuará comigo cutucando meus pensamentos. Acho isso muito mais importante do que dar respostas sobre a ação da Miley Cyrus. Pouco me importa se foi certa ou errada, bonita ou feia, pertinente ou não. Importa-me o convite.

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