Enquanto lia o jornal hoje me pus a pensar. Ando bastante preocupado com o final da faculdade, que em pelo menos um ano e meio já não fará mais parte da minha rotina. Envolvido nesses pensamentos, acabei chegando até algumas lembranças sobre quando troquei de colégio no início do Ensino Médio.
quando eu fui para o Anchieta, eu sabia o que eu estava deixando para trás - oito anos numa escola que até então era minha única referência de estudo e amigos - e sabia o que eu estava procurando: um ensino de maior qualidade. O que eu não sabia, e nem passava ainda pela minha cabeça ser importante de se saber, era o que viria pela frente.
eu encontrei novas pessoas inseridas numa realidade muito diferente da qual eu havia saído. Na realidade, eu não tinha saído por completo, me tranquei atrás de alguns medos e preconceitos e consegui me isolar daquele mundo que só me servia para aprender mais. Mesmo esse objetivo tendo sido alcançado, uma gama de experiências foi deixada de lado simplesmente por eu acreditar que poderia viver aquele mundo sem ser, de fato, afetado por ele. Quase consegui.
a universidade representou duas coisas: o fim de uma época que eu já não queria mais que acabasse, embora meu desejo tivesse chegado tarde demais; e o início de mais uma aventura, mais um mundo. Este desde o início eu sabia que era do meu gosto, era a vivência para a qual eu vinha sendo preparado até então. A hora de deixá-la para trás, de subir esse degrau que até um tempo era alto demais para mim, está chegando.
Acredito que venha de eu não saber o que vem pela frente o meu medo do futuro, bem como meu gosto pelo passado, que sempre estará ali para ser revisto e analisado. Sei muito bem o que fiz ontem, as besteiras que cometi e também as boas coisas. Compreendo o que aprendi e o que deixei passar sem absorver.
sinto-me, porém, num ciclo interminável: sei o que quero no futuro, mas não faço idéia do que terei ou farei. Sim, é o mundo. O mundo. Ele me assusta. Eu não o conheço, eu ainda não o vivi, não sei o que pensar dele. Será que vou esconder-me dele como já fiz antes? Simplesmente dançar ao som da música como não costumo tentar?
eu gostaria de viver num mundo de certezas, já que o que me mata é a dúvida.
O passado é importante para montar quem nós somos no presente, que é a pessoa que viverá o futuro. Bem disse uma amiga ao ensinar-me que não se pode elogiar os outros até aprender a ser elogiado.
estou vivo enquanto estiver aprendendo.
Obrigado
*esperando aplausos*
2 comentários:
*aplaude*
sim sim
o futuro é incerto
mas sempre terá certezas
como a de q
pode contar comigo do teu lado na
tua caminhada \o
abraço
considerando que o futuro é incerto, penso que não devemos perder tempo demais em conjecturas acerca daquilo que está para acontecer.
devemos nos preocupar mais com o tempo que de fato temos, ou seja, o presente.
e sobre as certezas... sinto te informar, mas acho que não há como se livrar do incerto. o jeito é conseguir transformar as incertezas em possibilidades, e em seguida concretizar tais possibilidades [o que nem sempre é fácil, mas quem disse que viver é fácil?!].
abraço.
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