Conversando hoje com meu amigo, chegamos à conclusão de que o convite para sermos tantas coisas - amigo, filho, trabalhador, profissional, estudante etc - nos confunde e nos corta em pedaços cada dia mais difíceis de conciliar. E isso, junto com a necessidade que construímos (ou que é construída sobre nós) de sermos aceitos pelo olhar do outro, nos desarticula e perturba.
Temos uma sociedade que nos pede que não sejamos atores de todos os nossos desejos. Faz sentido. Aliás, talvez seja mais complicado que isso. Creio que somos requisitados a fazer o que quisermos, mas precisamos enfrentar também o fato de que aprendemos desde cedo que isso não é possível sem consequências (e o que é?) e que o mundo foi enquadrado em regras.
Há um jeito de sermos simplesmente nós mesmos? O tempo inteiro? Com nossos amigos, com nossos inimigos, com nossos amores, colegas, trabalhos? Não sei. Gostaria de tentar. Vamos?
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