Ontem escrevi os agradecimentos da minha dissertação. A lista é longa das pessoas que influenciaram minha vida e minhas emoções nesses dois últimos anos. Gente que me ensinou como ser e, também, o que evitar em termos de hábitos e pensamentos. Ainda assim, é difícil reduzir a algumas frases (ou páginas) o impacto que criaturas causam umas nas outras. A linguagem pode ser uma conquista fantástica, mas ela ainda encontra limitações que talvez nunca sejam superadas, tadinha.
Aí lembrei que queria fazer uma lista de arrependimentos, coisas que se eu pudesse, voltaria ao passado e alteraria. Não consegui, pois já há algum tempo eu decidi que não viveria baseado nas minhas decepções e sim nos momentos felizes que as experiências me proporcionassem. Algumas vezes é realmente difícil e tenho ganas de odiar, de querer mal, de me afastar. Por outras, tenho a ciência de reconhecer que as minhas decepções moldaram meu caráter e continuam me construindo. Aquele dia em que não impedi que meu amigo apanhasse? Aquela noite em que fiquei com medo de dizer sim à divertida proposta de uma menina? Aquele momento em que transformei uma experiência linda em um prêmio? Tudo isso eu ainda mudaria e gostaria de continuar aprendendo com essas coisas. A lista é maior, claro.
Entretanto, é a proposta que tenho me feito: aprender com meus erros e, também, com os acertos. Eu posso resmungar, me chatear, odiar o mundo e me fechar. É uma reação normal e que já experimentei inúmeras vezes. Ou eu posso me forçar a enfrentar o que sinto e, com isso, aprender o que e como eu quero sentir futuramente. Sempre recordo de uma frase que li por aí, que diz algo como "não podemos controlar o que sentimos, apenas o que fazemos com isso". Foi pensando nisso que eu decidi enterrar uma vida de ódios e irritações e abraçar uma de amizades e sorrisos. Para mim tem funcionado, e preciso certamente agradecer à vida por me proporcionar essa chance.
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