Hoje é um daqueles dias que a gente vive sem nem perceber que o dia está passando. Fui pra aula hoje de manhã, nada de muito interessante vindo de mais uma palestra sobre psicologia. Almocei M&Ms, o que me rendeu açucar o suficiente pra passar o resto do dia, mas não tenho certeza se será suficiente pra minha sobreviência até de noite o.o
Entre sair da aula e vir para o trabalho discuti com um colega sobre como o mundo deve se portar. Cheguei à criação do Altruísmo Egoísta. Trata-se basicamente de ajudar os que a gente deseja ajudar, o resto que se dane. Escolhemos aqueles que achamos merecer, ao invés de passar em bares distribuindo borboletas para alcóolatras suicidas. Não damos corda para que as pessoas se matem, mas se elas já tiverem a corda, partam em paz. Façam o que quiser, desde que não façam mal a ninguém. A teoria toda trata-se de uma revisão no "paradigma da pós-modernidade", já que o individualismo é um dos pilares. Embora não seja obrigatório, é altamente considerado que o altruísta-egoísta seja humilde, consciente das suas possibilidades e do mundo que o cerca. Não cabe a nós mudar o mundo. Cabe, quando muito, mudar o nosso mundo e o dos que nos cercam. Falta-nos Poder para mais que isso.
Daqui pra frente poderei referir meus pensamentos como embasados numa teoria que eu mesmo criei. Quem sabe um dia acadêmicos encham a boca para falar sobre os Paradigmas da Pós-Modernidade que sustentam a Teoria do Altruísmo Egoísta de Tales.
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Cresci um pouco nos últimos meses. Meus objetivos estão diferentes, minhas perguntas parecem mais complexas. Ao mesmo tempo continuo o mesmo idealista frustrado que sempre fui. Esse joguinho de vez em quando é tão complexo que é difícil entender como as coisas funcionam. Sorte que a gente desiste e mesmo assim segue em frente :oD
Estou deixando as letras fluírem, num exercício que não faço há tempos. Não tenho escrito muito no blog, certamente não por falta de temas ou assuntos ou idéias. Acontece que não desejo partilhar o que passa nas minhas sinapses com meus digníssimos leitores. Os curiosos podem me perguntar, se já não o souberem.
Continuo acreditando que o blog é apenas uma ferramenta de complemento, uma forma a mais de estar comigo quando minha presença não é possível. "Posso te deixar ler, mas preferiria que tu me perguntasse".
Ontem eu vi um vídeo de uma amiga. Um vídeo terrível, dolorido. Nem tanto as palavras, mas o tom de voz continua ecoando na minha cabeça, machucando um pouco mais meu coração. Gostaria de não lembrar como palavras conseguem ser tão poderosas, tão marcantes. A dor que ela sentiu foi partilhada e perpetuada, numa consideração quase cruel. Realmente preferia não ter visto o que vi e, talvez, seguir intocado. A dor dela agora também é a minha.
Eu absorvo coisas. Chamo isso de mimetismo. Como uma criança, sou uma esponja. Meus poderes de raposa envolvem, infelizmente, compreender o mundo e sentir o que os outros sentem a partir dele. Tristezas, amores, raivas. Tudo se condensa enquanto passa por mim e me altera.
Ética. Ser ético não é seguir o manual, mas sim saber que suas ações influenciam a vida dos outros e que as ações dos demais influenciam as suas próprias.
Ando meio apático ultimamente. Gosto bastante da minha rotina, meus dias têm sido de uma completude rara. Estudo, trabalho, lazer. Tudo junto sem que um desgaste demais o outro. Certo, eu gostaria de viver mais, aproveitar mais a vida, observar mais vezes ao pôr-do-sol. Programas românticos, cinema, mãos dadas, abraços. Calor humano me conforta, risadas me divertem.
Vontadezinha de chorar, agora. Estou ouvindo Coldplay, Yellow, o que não ajuda muito a controlar meus humores. E agora vou prum aniversarinho da minha colega da Editora. Copiando um amigo, "humanos, beijos".
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