terça-feira, setembro 14, 2010

Qual o sentido da vida?

Essa é uma questão que se apresenta de tempos em tempos. Eu sei a resposta: nenhum. Ocorre que, de vez em quando, consigo me enganar por alguns instantes, esquecer e acreditar em alguma coisa. Felicidade, essa coisa instável, depende da fé em estarmos fazendo o certo, recebendo o bom.

Penso no mestrado, nas letras que não tenho colocado no papel, na superficialidade das imagens técnicas (valeu, Flusser), na história sem fim. Isso tudo serve pra que?

Há algum tempo cheguei a uma alternativa ao vazio existencial. "Ser feliz" é um objetivo palatável. Aí surge outro leque de questões: como fazer pra alcançar tal estado de graça? É tudo um grande jogo. Tenho geladeira, pago minha casa, troco por estudos e pensamentos, leituras e participações. O que muda? Algo precisa mudar? Pra ser feliz, o que é necessário?

Algo me diz que segue sendo sempre o mesmo: ser feliz é acreditar que a vida não é vazia de sentido. Ser feliz é se enganar. Felicidade, portanto, é uma mentira. Se sou um pesquisador e estou atrás da verdade, isso quer dizer que a tristeza será minha companheira sempre que eu chegar mais perto de aprender algo?

Divagando.

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