quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Se aluno não quer, professor não salva

Ainda sou um professor novato, mas estou sempre analisando os "tipos de aluno" que pipocam nas aulas. Um deles é o aluno que acha que professor opera milagres. Sabe aquele sujeito de cara amarrada que não está interessado na matéria, reclama quando tem trabalho, resmunga se é chamado e fica o tempo inteiro bocejando? Aquele aluno que, no fim do semestre, culpa o professor porque reprovou, mesmo não tendo feito nenhum trabalho?

Regrinha básica: professor não ensina. Nenhum professor pode magicamente entrar na cabeça dos seus alunos e mudar seus conceitos. O que rola é o professor propor situações de aprendizagem. Só que para isso tem que acontecer uma contrapartida: o estudante precisa ter interesse.Sem interesse, sem aprendizagem. Sem participação, sem aprendizagem.

Aí vem o fulaninho e acha que o trabalho é difícil demais e não faz. Eu, professor, não saio prejudicado com isso por nada no mundo. Um texto a menos para corrigir durante o fim de semana. O fulaninho, por outro lado, perde mais uma oportunidade de receber um retorno relativo ao quê ou como fez seu trabalho.

Para mim, ser professor é apontar caminhos. Só que para chegar até esses caminhos, o estudante precisa dar alguns passos por si só.

2 comentários:

Anônimo disse...

Escolhi bacharelado pq imagino que não exista profissão que mais tenha de lidar com má vontade alheia que a de professor.
Meus colegas de aula já me irritam com algumas posturas de aluno medíocre, se eu fosse professora deles surtaria em menos de um semestre.

Admiro quem consegue lidar.

Tales disse...

Minha graduação é em jornalismo, então eu não tive o preparo (profissional ou espiritual) que imagino que licenciandos recebem (ou tentam receber hehe) para lidar com estudantes. Eu sou uma pessoa que realmente "absorve" a emoção alheia, então os dias em que essa emoção é desmotivadora... esses são os piores.

Pelo menos existem também dias felizes ^^

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