sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Diários

Fiz a mim mesmo a proposta de escrever diariamente aqui na Raposa Antropomórfica ao longo de 2012. Parece-me óbvio que essa é uma proposta difícil de cumprir e que, aliás, já falhei. Tentarei, para fins de sanidade mental, terminar o ano com no mínimo 365 postagens publicadas. Isso me dará um pouco mais de segurança para transitar e escapar da obrigação de escrever todos os dias.

Em contrapartida, eu tenho um diário de papel. É meu terceiro, já. Nele também não escrevo todos os dias, mas sempre que algum pensamento me atravessa ou algo me impressiona, registro. Comecei a colar coisas nessa terceira versão, também, inspirado pelas aulas que tenho assistido no Departamento de Arte Educação da Ohio State University. É um jeito interessante de manter as coisas preciosas por perto. Aguardo o momento de voltar ao Brasil e ter um acesso razoavelmente facilitado a impressoras coloridas, de modo a imprimir mais coisas e rechear meu caderno de coisas legais.

Já imaginei a possibilidade de transcrever meus cadernos em outros formatos, talvez inclusive publicar aqui no blog algumas das reflexões contidas neles. Seria realmente um projeto longo, quiçá inacabável. Como os diários de papel e também as postagens estão sempre crescendo, seria mesmo um projeto duradouro. Ainda assim, não sei se o farei. A cabeça fervilha de ideias, mas sei que frequentemente não tenho persistência para continuar com elas sozinho. Sem apoio externo, sem colaboração de outras pessoas, sem estímulo, nada meu vai adiante. Essa é a grande verdade sobre porque eu parei de escrever quando entrei na faculdade: frente a tanta gente escrevendo direito, não encontrei ninguém que realmente continuasse a depositar fé na minha habilidade linguística, o que hoje acho uma pena, mas que só reforça o valor que de ações significativas.

Continuarei, portanto, meu projeto de 365 postagens em 2012 ao mesmo tempo em que persisto na manutenção de diários de papel recheados de cores, desenhos, escritas e colagens. Acho importante que nos engajemos em projetos que acreditemos, que tenham valor para a gente além do resultado imediato. Creio que, no fim das contas, é o que nos sustenta a continuar fazendo seja lá o que for que fazemos.

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